24 de set. de 2025
Solidão
23 de set. de 2025
Chicória
O Meu Fardo
A Tela Humana
21 de set. de 2025
O Objetivo Final
20 de set. de 2025
Dois Tipos de Dor
Uma Bela Tragédia
Nas profundezas do meu peito, o silêncio ecoa,
Onde a sombra dança e o passado se escoa.
No espelho da mente, um reflexo me confronta,
Um estranho que sou, numa dança que me assombra.
Uma tragédia velada, em meu ser a habitar,
Mente que amadurece, coração a suspirar.
Dois mundos colidindo, num só ser a pulsar,
Alegria e o vazio, com o mesmo nome a ecoar.
Diante do espelho, desfeito, a imagem se revela,
Um guerreiro cansado, em batalhas sem trégua.
Anseio por ser livre, por voar, por sonhar,
Respirar no oceano da alma, sem medo de afogar.
Nesta bela tragédia, meu refúgio eu encontro,
Aprendendo a moldar, a sustentar este confronto.
Pois mesmo o peito mais pesado, a liberdade alcança,
E o espelho em meu reflexo, sussurra a paz que me lança.
Em Trenton
Em Trenton, onde o vento sussurra um canto de pesar,
Onde as sombras dançam e as memórias vêm para ficar,
Eu me apresento, um guardião de sentimentos não expressos,
Um mastro estoico, nas tempestades de emoção, sempre em festa.
Deixem que as lágrimas permaneçam ocultas, o pranto silenciado,
Nos meus olhos, sem traços de fraqueza, apenas um vazio sagrado.
Mas há uma profundidade, um oceano de mágoa a ser guardado,
Onde os naufrágios da vida me atingiram, em um mar agitado.
Cada revés, um peso que me afunda, uma âncora no meu ser,
E a eles se segue um sono, um refúgio para a alma renascer.
É um luxo raro, um sorriso que escapa, um breve alívio do fardo,
Com lábios de gelo, um rosto em deserto, aguardando o teu toque, sem cardo.
Um independente por natureza, um espírito que escolhe o seu próprio chão,
Prefiro a culpa, a carga que carrego, a um orgulho que me tira a razão.
Até que me desfaça, me perca em poeira, a alma se esvaia sem alarde,
Minha linha do tempo se tece em arrependimentos, um emaranhado que me acoarde.
Eles me prendem, me imobilizam, uma força paralisada a morder,
Como um litro de rum, amargo e potente, a dor a me socorrer.
Morgan, um nome ecoa, o diabo para alguns, um deus para quem busca um porto,
E eu, nesse limbo existencial, me pergunto se há um certo ou um torto.
Se o livre arbítrio me fosse concedido, eu me renderia ao imobilismo,
Toda essa agitação, essa constante ação, me causa um ansioso abismo.
Mas a perna treme, incontrolável, um ritmo interno a me conduzir,
As pontas dos dedos, em busca de apoio, uma superfície a sentir.
E nesse toque, uma clareza se instala, o medo de ser insano a se esvair,
Só porque sinto a correnteza, a emoção a me inundar sem me trair.
Sou ingênuo, confesso, em desvendar o que elas realmente significam,
Mas a simples partilha de pensamentos, o meu nervosismo o desmistificam.
Desejo, anseio, ser visto como completo, perfeito em cada detalhe,
Um ideal inatingível, uma miragem que a alma nunca retalhe.