De memórias trançada, um pulsar que se inflama.
É o instante em que a graça vence o rancor,
E a compaixão desarma o frio do temor.
Não é leve, mas não curva os ombros dos puros,
Carrega o peso dos sonhos, dos atos seguros.
Um fardo de luz, um cristal de intenção,
Que guarda nas veias o ritmo do coração.
Não gira em fechaduras, não rompe cadeados,
Mas abre silêncios, desvenda os segredos guardados.
Seu som não é clique, mas um canto sutil,
Que ecoa o nome que o peito fez seu.
Se a dor que te aperta é um murmúrio que vem,
É a Chave cantando, chamando por quem
Aprende a escutar, com a alma a vagar,
E encontra, no fundo, o que sempre quis dar.
Que a Chave de Alabastro, tão frágil, tão forte,
Te guie ao caminho que traça teu norte.
Pois ela não abre apenas o que foi,
Mas tece o que será, no que és, onde estou.
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