Meu coração murmura, em dor e afim,
Teu nome, um eco que não sabe parar,
Um farol que brilha até dezembro chegar.
Os dias se arrastam, pesados, tão lentos,
Cada hora um vazio, cada instante um lamento.
Mas no peito, o amor, firme, não desaba,
É tua voz que o vento, em segredo, me traz.
Ó distância, faca de corte sutil,
Corta o tempo em pedaços, mas não o que sinto.
Teus olhos, estrelas que o frio não apaga,
Guiam-me a alma pela noite mais vaga.
Quando dezembro vier, com seu sopro de gelo,
Teu riso será o fim de todo anseio.
Nos teus braços, o mundo há de se calar,
E o tempo, vencido, não vai mais nos contar.
Até lá, guardo-te em mim, como um verso sagrado,
Cada pulsar, um passo ao teu lado sonhado.
Dezembro trará teu calor, meu lar,
E eternos seremos, até dezembro chegar.
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