2 de jun. de 2025

Fantasmas do Que Poderia Ser 2

Um sussurro preso na garganta,  
Palavras que dançam, mas não se formam.  
O vento carrega o peso do silêncio,  
E o coração, um pássaro sem asas, se conforma.

Teus olhos, faróis em mares de bruma,  
Acendem memórias que o tempo consome.  
Cada passo um eco, cada sonho uma pluma,  
Flutuando no vazio onde o amor se nome.

Deixei flores no túmulo do que fomos,  
Pétalas murchas, promessas partidas.  
Mas no peito, o pulsar ainda somos,  
Fantasmas vivos, de mãos entrelaçidas.

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