Enredado em fios de um tempo que se foi,
Sem consciência, sem um centavo, apenas solidão,
A chuva cai lenta, um véu sobre o chão,
No parque, um homem, sombra da sua própria canção.
Fala aos ventos dos restos de outrora,
Glória perdida, um cheiro amargo no ar,
Nos olhos, a luz se apaga, se esvai devagar,
Tudo morre, e o coração ainda implora.
E quem diria, meu amigo, meu irmão,
Que o destino nos traria tamanha aflição?
Era para ser diferente, um céu a se abrir,
Mas enredados estamos, a sonhar, a sofrer, a existir.
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