2 de jun. de 2025

Enredado no Silêncio

Enredado em fios de um tempo que se foi,  
Sem consciência, sem um centavo, apenas solidão,  
A chuva cai lenta, um véu sobre o chão,  
No parque, um homem, sombra da sua própria canção.  

Fala aos ventos dos restos de outrora,  
Glória perdida, um cheiro amargo no ar,  
Nos olhos, a luz se apaga, se esvai devagar,  
Tudo morre, e o coração ainda implora.  

E quem diria, meu amigo, meu irmão,  
Que o destino nos traria tamanha aflição?  
Era para ser diferente, um céu a se abrir,  
Mas enredados estamos, a sonhar, a sofrer, a existir.

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