Cortinas que emudecem histórias,
Baldio e silente o passado se aninha,
Entre indagações, vestígios de memórias.
Ocupar o espaço do desconhecido
É como dilatar um eco infindo,
Onde há um intricado enigma,
Um crime, talvez, sutil e indistinto.
Caminhos se entrelaçam em labirintos,
Ruas confusas, um desfile de incertezas,
Cada esquina um convite, um convite à pena,
Ao olhar das estátuas, eternas belezas.
Entre as sombras da cidade em desuso,
Sente-se o peso de um olhar divino,
A presença sutil de um Jesus perdido,
Que ao espiritual guia, se torna destino.
O luar, despencando sobre pulsos cansados,
Talvez indique a senda que se oculta,
Na dança do tempo, um rastro apagado,
Um convite ao desconhecido que resulta.
Aquela esquina não é só um lugar,
É o limiar de um sonho inexplorado,
Onde, em meio ao murmúrio das almas,
Desvela-se um caminho não esperado.
Das sombras à luz, o que se esconde?
O desfecho de vidas em versos perdidos,
E no paradeiro que o tempo esconde,
Vive o eco de passos, entrelaçados evidos.
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