4 de jan. de 2025

Sonambulismo

Caminho sombrio da mente adormecida,
Onde a razão se perde em dança vadia,
Entre o silêncio, a noite é concedida,
E a alma vagueia em sonho sem guarida.

Sob a luz pálida que o sono lança,
Corpo e mente se separam em dança,
Como marionetes sem fio a rodar,
Na escuridão do sonambulismo a navegar.

Ondas lentas que ecoam no vazio,
Despertam sombras num íntimo desvario,
Corpo retorcido em estranha geometria,
Na dança sinuosa da melancolia.

E assim, na noite profunda e fria,
O sonâmbulo vagueia em agonia,
Entre o real e o mundo dos sonhos,
Desperto em transe, entre os limiares medonhos.

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