9 de jan. de 2025

Leia-me como Braille

Leia-me como Braille,  
Entre os dedos, um sussurro,  
Minhas mãos deslizam, em busca,  
De um toque que ecoa no escuro.  

No queixo, traços de esperança,  
No pescoço, um caminho em calma,  
Cada linha uma dança,  
A busca pela sua alma.  

Tento sentir suas mãos de volta,  
Como se o tempo pudesse parar,  
Mas a ausência é uma volta,  
Um labirinto sem lar.  

Nessas letras que se desenham,  
Perfis de um amor tangível,  
São curvas que se empenham,  
Para tocar o invisível.  

Mas nada se compara,  
À sua pele, seu calor,  
É no toque que se ampara,  
A essência do verdadeiro amor.  

Leia-me com a atenção,  
Que só as almas conhecem,  
Para que a troca de emoção,  
Na pele, os segredos crescem.  

Entre o silêncio e o palpitar,  
Busco você em cada instante,  
Entre toques, a arte de amar,  
Na ausência, um amor constante.  

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