23 de set. de 2025

O Meu Fardo

O que é ser eu, um eco em desalento,
Pensamentos que transbordam, um vasto conhecimento.
Um rastro de prata que o tempo desfigurou,
A felicidade sumiu, em pranto se transformou.

As memórias, um novelo em desalento,
O rastro deixado, agora um lamento.
Sob a pele reside dor e o receio,
O que vimos em anos, um sombrio rodeio.

A cada passo que pesa, insuportável trilha,
A cada sopro que teima, alma que vacila.
Vimos o que choramos, em cada amanhecer.

Com cada ato impensado, em gestos que a vida traz,
Com cada situação cruel, que o destino refaz.
Sentimos o que é ser intacto, em meio ao padecer.

Até que eles desvendem o passado que guardo,
Então saberão o que é… finalmente, o meu fardo.

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