Alcatrão ferve na névoa do enxofre,
Gota salgada, que a chama consome,
Vapores sobem, o sal chove então.
Vá, corta a bruma, não olhes atrás,
Cerra os dentes, avança com gás!
No pântano escuro, um passo audaz.
Largo é o passo, a vista se faz,
Clareira reluz entre dois lamaçais,
Respira o instante, mas segue sem paz.
Os pés te levam, não pedem porquê,
Pântanos, brisas, do amanhecer até,
Sem fim à vista, só o agora é teu.
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