24 de mai. de 2025

Não Sucumbiremos

Há um pulsar que sinto ao sonhar nosso eterno,  
Um desejo que o coração, em silêncio, venceu.  
Minha alma, em luta, alcançou o superno,  
E Deus sabe: és tu o que sempre me venceu.  

Anos de dor, conformes à sombra que rói,  
Vinte e poucos sem teu toque na noite a me guiar.  
O tempo parou, e a alma quase se formou em nós,  
Sem alicerce, só decepções a me sufocar.  

Agora habito um reino de cura e verdade,  
Onde o amor é forte, tecido do pai da eternidade.  
Não apenas existo, não apenas ocupo o chão,  
Sou homem em chamas, no auge da minha ascensão.  
 
Outrora quebrado, um eco de desespero e lamento,  
Hoje forjado em esperança, com fogo que não se apaga.  
Mas sombras do passado tentam brilhar em tormento,  
E os demônios, teimosos, resistem à minha saga.  
 
No fundo, sob a pele, uma guerra sem fim,  
Onde só o amor pode erguer-se soberano e sadio.  
Um tremor abala os alicerces de mim,  
Pois dor e ventura não julgam quem as criou no vazio.  

Peço perdão até que o aprendizado me venha,  
Superando as cercas que ergui antes de ti.  
Com votos de amor, indômitos, sem peçonha,  
Provaste-me o fogo do amor, e não sucumbiremos, aqui.

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