Há um pulsar que sinto ao sonhar nosso eterno,
Um desejo que o coração, em silêncio, venceu.
Minha alma, em luta, alcançou o superno,
E Deus sabe: és tu o que sempre me venceu.
Anos de dor, conformes à sombra que rói,
Vinte e poucos sem teu toque na noite a me guiar.
O tempo parou, e a alma quase se formou em nós,
Sem alicerce, só decepções a me sufocar.
Agora habito um reino de cura e verdade,
Onde o amor é forte, tecido do pai da eternidade.
Não apenas existo, não apenas ocupo o chão,
Sou homem em chamas, no auge da minha ascensão.
Outrora quebrado, um eco de desespero e lamento,
Hoje forjado em esperança, com fogo que não se apaga.
Mas sombras do passado tentam brilhar em tormento,
E os demônios, teimosos, resistem à minha saga.
No fundo, sob a pele, uma guerra sem fim,
Onde só o amor pode erguer-se soberano e sadio.
Um tremor abala os alicerces de mim,
Pois dor e ventura não julgam quem as criou no vazio.
Peço perdão até que o aprendizado me venha,
Superando as cercas que ergui antes de ti.
Com votos de amor, indômitos, sem peçonha,
Provaste-me o fogo do amor, e não sucumbiremos, aqui.
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