Onde o tempo foge, mas a memória é ancorada.
No bosque silente, clássico e eterno,
Segredos dançam entre o céu e o inferno.
Árvores e pedras, anciãs de mil faces,
Guardam contos gravados em rugas e traços.
Sussurram ao vento, em folhas que caem,
De risos, de luto, de amores que saem.
A brisa é a voz do carvalho ancestral,
Entoando o canto de um ritmo imortal.
O musgo, um manto de veludo verde,
Cobre os sonhos que o tempo perdeu e reteve.
Junto ao riacho, o salgueiro se inclina,
Suas lágrimas brilham na luz que ilumina.
Cada pedra, cada rama, em segredo murmura,
Uma sabedoria que o tempo não jura.
Escuta o chamado, respira o passado,
O bosque não dorme, é vivo, é sagrado.
Ali a Terra guarda o eco de tudo,
A glória, a ruína, o pulsar mudo.
0 comments:
Postar um comentário