26 de mai. de 2025

O Passado!

Sob um véu de névoa, o céu se curva, apaixonado,  
Onde o tempo foge, mas a memória é ancorada.  
No bosque silente, clássico e eterno,  
Segredos dançam entre o céu e o inferno.  

Árvores e pedras, anciãs de mil faces,  
Guardam contos gravados em rugas e traços.  
Sussurram ao vento, em folhas que caem,  
De risos, de luto, de amores que saem.  

A brisa é a voz do carvalho ancestral,  
Entoando o canto de um ritmo imortal.  
O musgo, um manto de veludo verde,  
Cobre os sonhos que o tempo perdeu e reteve.  

Junto ao riacho, o salgueiro se inclina,  
Suas lágrimas brilham na luz que ilumina.  
Cada pedra, cada rama, em segredo murmura,  
Uma sabedoria que o tempo não jura.  

Escuta o chamado, respira o passado,  
O bosque não dorme, é vivo, é sagrado.  
Ali a Terra guarda o eco de tudo,  
A glória, a ruína, o pulsar mudo.

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