9 de dez. de 2024

Tristeza

A tristeza chora em tom menor,  
Um milhão de canções, sem teor.  
Desafinadas, notas que gemem,  
Em ecos vazios, que a alma consomem.  

Mas julgar o som seria cruel,  
Pois a melodia é um sofrimento real.  
Cada nota triste, um grito profundo,  
Uma alma em prantos, buscando o mundo.  

Um apelo mudo que o peito oprime,  
Na busca incessante de um alívio sublime.  
A dor se espalha em tons desbotados,  
Em sussurros baixos, quase esquecidos.  

Deixe a canção fluir, desafinada e sombria,  
Sua dor exposta numa ária sinfônica e fria.  
Pois na libertação desse canto sofrido,  
Há um bálsamo oculto, um consolo escondido.

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