Um milhão de canções, sem teor.
Desafinadas, notas que gemem,
Em ecos vazios, que a alma consomem.
Mas julgar o som seria cruel,
Pois a melodia é um sofrimento real.
Cada nota triste, um grito profundo,
Uma alma em prantos, buscando o mundo.
Um apelo mudo que o peito oprime,
Na busca incessante de um alívio sublime.
A dor se espalha em tons desbotados,
Em sussurros baixos, quase esquecidos.
Deixe a canção fluir, desafinada e sombria,
Sua dor exposta numa ária sinfônica e fria.
Pois na libertação desse canto sofrido,
Há um bálsamo oculto, um consolo escondido.
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