9 de dez. de 2024

8423 km

Oito mil, quatrocentos e vinte e três quilômetros,  
Uma linha tênue que o mapa traça em vão.  
O Atlântico imenso, em ondas que gemem,  
Separa corpos, mas não o coração.  

Do sol espanhol, a luz que te acalenta,  
Ao calor tropical que a minha pele beija,  
A distância grita, porém, a alma não tenta  
Esquecer a promessa que o nosso amor sujeita.  

Brasil e Espanha, em cantos tão distintos,  
Conectados por um fio invisível, forte e puro.  
Um sonho tecido em letras e sussurros insistentes,  
Que transcende fronteiras, num anseio maduro.  

Em cada estrela que brilha na noite escura,  
Vejo um reflexo do teu olhar distante.  
Em cada onda que quebra na praia segura,  
Sigo o teu caminho, em sonho constante.  

E, embora o oceano nos separe por agora,  
O amor que nos une sobrevoa sem receio.  
Um dia, a distância deixará de ser tortura,  
E os nossos corações, enfim, baterão em uníssono, cheios de alívio.

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