13 de dez. de 2024

A Solidão do Poeta - Caminhos da Dor e da Memória

A alma do poeta, jamais só,  
Em amor encontrou um lar, um dó.  
Lágrimas que caem, ninguém pode secar,  
Em seu olhar, um mar sem fim a navegar.

O silêncio, chave da solidão sem fim,  
Na mente do assassino, sangue sem alívio, sem fim.  
Duradoura intimidade, busca em vão,  
Como criança a ler, em esforço sem razão.

A morte o cerca, prende sua vontade,  
Na dor persiste, amarrada à saudade.  
Céus noturnos, em fúria se franzem,  
E o sol se põe, como Lúcifer, que se desfaz.  

Nos poços da terra, um meteoro a cair,  
A dor persiste, a esperança a se afogar.  
Luz brilhante na noite, fulgor intenso,  
Asas de demônio, em voo imenso.  

Lúcifer ri, asas abertas, triunfante,  
A morte chega, a tudo e a todos constante.  
Imagens perturbadoras invadem a mente,  
Deixando o amor, tão próximo, tão distante.  

Das nuvens à grama, trajetória obscura,  
Como ogro que possui um burro, figura dura.  
A brisa, Odin, sopro de vida e de dor,  
Para o homem e a mulher, o eterno temor.  

Sombras de Ask e Embla, em cena sombria,  
Adão e Eva, a culpa, a história antiga.  
O fruto proibido, o primeiro pecado,  
A queda do homem, o destino selado.  

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