Você me viu rastejando, frágil,
Para fora do meu único abrigo,
O qual jurei nunca deixar — um sussurro.
As sombras dançavam em volta,
E eu, perdido em labirintos,
Fui buscar o reflexo do que fui,
Um eco do desejo, um espelho quebrado.
Procurei em cada esquina,
Depois de todo esse tempo,
Estou encharcado de seus sonhos e esperanças,
Mas onde está o meu? Ah, onde está?
Eu vi você construir um império,
Mais alto que as nuvens,
E em um momento de descuido, caíste,
Como uma palmeira cortada ao vento.
Bebeste o vinho sagrado,
E a embriaguez foi tão doce,
Mas na crueza da vida,
Vomitaste os destinos e os enganos.
Você não pode me acusar dos meus pecados,
Não há um tribunal que me julgue,
Toda a culpa que você carrega,
É o fardo que recai sobre seus ombros.
Tudo o que pedi foi liberdade —
Libere-me, por favor,
Mas, claro, você não pode fazê-lo,
As correntes de um amor desgastado nos prendem.
2 comments:
É uma bela expressão da complexidade das relações humanas e da luta interna entre amor, perda e desejo de liberdade. Ele ressoa com muitos leitores que já passaram por experiências semelhantes, tornando-se uma obra não apenas pessoal, mas universal em sua temática
Seu poema é uma reflexão profunda sobre vulnerabilidade, a busca por identidade e a complexidade das relações. Ele evoca imagens de queda, labirintos e anseios não satisfeitos. A maneira como aborda a liberdade em meio a correntes emocionais ressoa intensamente.
Postar um comentário