Uma sombra a deslizar,
Sobre as ondas que murmura,
Um sussurro no ar.
Dizem que não as amam,
Que são todas iguais,
Sem saber que na vastidão,
São as nuances que trazem paz.
Se numa conversa amiga,
Meu espírito compartilho,
“Como uma ave marinha”,
Pergunto, “qual é o seu brilho?”
Há tantas variações,
De plumagens e cores,
Do azul profundo da brisa,
Aos dourados de alvorada, em flores.
Voar rápido é um risco,
É a cegueira de um impulso,
Mas no abismo do oceano,
Procuramos nosso impulso.
Ah, eu sou essa viajante,
Perdida entre mares e céus,
Buscando a dança dos meus,
Onde ecoam os meus véus.
Às vezes, sigo sozinha,
Pelo sal e pela bruma,
Um grito que se levanta,
Na imensidão da espuma.
Grasnamos em harmonia,
Ou em solidão, um lamento,
Mas por trás de cada canto,
Há um profundo sentimento.
Ser uma ave marinha,
É buscar sem descansar,
Um lugar entre os da mesma espécie,
Um lar para recomeçar.
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