Evoluído em monstro, infernal e real.
A força cresce a cada verso que escrevo,
A cada pensamento, à beira do abismo me elevo.
Eternidade se espreita, em meus olhos da mente,
Um sangrar de tinta negra, sem fim, sem contente.
Dos poros, a escuridão, um fluxo constante,
Não sou mais quem fui, pela sombra assombrado e avante.
Dizem que a ausência acende o afeto, é verdade?
Mas a falta de luz me une à noite, à saudade.
Me uno à escrita, à escuridão que me veste,
E enquanto evoluo, um reino sombrio contesto.
Sou o rei da treva, ninguém ousa desafiar,
Neste meu domínio, não há como escapar.
Agarre-se à minha alma, às minhas asas douradas,
Cante o triunfo da noite, soberana e sagrada.
Não é um sonho, ouça os gritos, um coro feral,
Rios de sangue caem dos céus, um espetáculo infernal.
Não há confissão, possessão é a lei,
Seu último apelo, selado em agonia, é lei.
Um pacto selado, eu sei, não é ideal,
Mas tudo será revelado, sem véu, sem disfarce fatal.
Sua alma se derrete, no calor infernal ardente,
Minha missão completa, seu destino é evidente.
Preso a este lugar, como cimento, seus pés,
Mais uma coisa antes de partir, antes que me esqueças:
Desculpe, você teve de engolir a amarga verdade,
Deveria ter acreditado, antes da fatalidade.
Mas não se preocupe, acostumar-se-á ao cheiro,
Enquanto te arrasto, direto para o inferno, sem receio.
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