8 de dez. de 2024

Todo eu

Na névoa densa da memória, preso estou,
Por fantasmas do passado, o meu ser é roubou.
Medos que me aprisionam, um véu sobre a face,
A sombra da saudade, em cada traço e espaço.

Feridas abertas, que recusam cicatrizar,
Uma dor constante, que me faz sucumbir.
O tempo, cruel, não cura, só amplifica a dor,
A lembrança teima em persistir, em cada alvor.

Lembro o teu choro, e as lágrimas que enxuguei,
O teu grito angustiado, que eu tentei acalmar.
A mão que eu segurei, por anos, sem cessar,
Agora me prende, em tormento sem igual.

Brilhante a tua luz, um encanto sem par,
Mas essa mesma luz, me deixou na escuridão.
O teu rosto nos sonhos, outrora tão afável e amável,
Agora um espectro terrível, que apavora a minha alma.

Essas feridas sangram, sem nunca estancar,
Esta agonia profunda, impossível de apagar.
Choro teu choro, luto teus medos em vão,
Preso à tua memória, neste eterno lamento.

Tento te esquecer, mas em vão tento lutar,
Embora ausente, tua presença ainda me assombra, em cada lugar.
Choro o teu choro passado, a tua dor eu sentia,
Em vão, os teus medos, eu os combatia.

Não posso mais te segurar, minha amada, meu amor,
Levaste tudo de mim, restando apenas a dor.
Preso aos escombros do nosso amor, mergulhado em sofrimento,
Afogando-me em lembranças, num mar de desespero e lamento.

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