Uma casa de amor que chamamos de nossa.
Mas o tempo revelou sua estrutura frágil,
E o amor deu lugar à perda e à culpa.
Sua risada agora, uma faca amarga,
Nós esculpimos nosso ódio na vida de casados.
Cada palavra uma arma, afiada e cruel,
Nossos corações o campo de batalha, a regra.
Os muros que erguemos começaram a cair,
Mas ainda assim, lutamos para ter tudo.
Não por amor, mas pelo orgulho,
Que queimava forte demais para deixar de lado.
E quando o fim ficou frio e próximo,
Você me alcançou, através do ódio e do medo.
Mas enquanto os escombros nos fechavam,
Eu vi a verdade por trás do nosso pecado.
Eu segurei sua mão, mas senti a picada—
Você me deixou ir. Eu fiquei com o anel.
Agora, o eco do que fomos é um sussurro,
Na Ruína, um fragmento de um sonho passado.
E ao lembrar do que uma vez floresceu,
Entre as sombras, brota a luz do que restou.
Com cada lágrima, cada sorriso perdido,
Aprendi que o amor não é só alegria.
É o espelho quebrado de uma história eu e tu,
Onde as cicatrizes se tornam poesia.
Assim, em meio aos escombros de um lar desgastado,
A vida se renova, mesmo entre as cinzas.
E ao sol nascer, por entre as feridas,
Eu danço, livre do que nos aprisionava.
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