Em amor encontrou um lar, um dó.
Lágrimas que caem, ninguém pode secar,
Em seu olhar, um mar sem fim a navegar.
O silêncio, chave da solidão sem fim,
Na mente do assassino, sangue sem alívio, sem fim.
Duradoura intimidade, busca em vão,
Como criança a ler, em esforço sem razão.
A morte o cerca, prende sua vontade,
Na dor persiste, amarrada à saudade.
Céus noturnos, em fúria se franzem,
E o sol se põe, como Lúcifer, que se desfaz.
Nos poços da terra, um meteoro a cair,
A dor persiste, a esperança a se afogar.
Luz brilhante na noite, fulgor intenso,
Asas de demônio, em voo imenso.
Lúcifer ri, asas abertas, triunfante,
A morte chega, a tudo e a todos constante.
Imagens perturbadoras invadem a mente,
Deixando o amor, tão próximo, tão distante.
Das nuvens à grama, trajetória obscura,
Como ogro que possui um burro, figura dura.
A brisa, Odin, sopro de vida e de dor,
Para o homem e a mulher, o eterno temor.
Sombras de Ask e Embla, em cena sombria,
Adão e Eva, a culpa, a história antiga.
O fruto proibido, o primeiro pecado,
A queda do homem, o destino selado.