O carniceiro dos deuses, de semblante fatal.
Com seu manto negro e olhar penetrante,
Causa arrepios aos seres diante.
Seu ofício é macabro, um destino cruel,
Percorre as estrelas, com mãos de papel.
Retira das divindades sua essência vital,
Para manter o equilíbrio universal.
Nas profundezas do cosmos ele vagueia,
À procura dos deuses em sua jornada insana.
Sem piedade ou compaixão em seu coração,
Ele extrai a vida com destreza e precisão.
Em cada corte, uma centelha divina se apaga,
Os deuses assistem, sem poder fazer nada.
São apenas mortais perante seu poder,
O carniceiro dos deuses é quem decide viver.
Mas por trás de sua tarefa sombria,
Há também um fardo de angústia e agonia.
Pois ao ceifar a essência dos seres imortais,
O carniceiro carrega consigo seus ais.
E assim, no universo, o carniceiro caminha,
Com suas mãos encharcadas de divindade extinta.
Um guardião sombrio, uma força implacável,
O carniceiro dos deuses, eterno e inabalável.
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