15 de ago. de 2023

Pétalas Caídas

Por que eu, seria tão frágil,
Se eu pudesse mudar isso, por favor.
Custou-me uma perda de dor, mas,
Você me deixou sozinho por essas árvores.

Eu tentei tanto não perdê-la, não você,
Você foi corajosa, apaixonada e forte.
Agora que estou sem você,
Como vou continuar?

Enquanto eu choro, essas árvores sussurram,
A brisa sobe até meu ombro e se acalma.
E então eu tento mudar esse destino,
Mas tudo que vejo são suas pétalas caídas.

14 de ago. de 2023

Ouvindo uma flauta no pavilhão do guindaste amarelo

O som da flauta ecoa no ar,
No pavilhão do guindaste amarelo,
Deixa a mente leve, a alma a voar,
Numa melodia que é um espelho.

Dos sonhos mais belos que se pode ter,
Do amor que transcende a matéria,
Das nuances da vida, que nos fazem crer,
Que na simplicidade está a verdadeira beleza.

O pavilhão, com suas paredes altas,
Reverbera a música, faz uma sinfonia,
Com os sons da natureza que saltam das matas,
E se unem numa harmonia.

Que acalma, revigora, inspira,
Numa sinfonia que toca o coração,
E nos faz sentir que a vida é vivida,
Com a música como nossa expressão.

Numa vida de tantos desafios e lutas,
Ouvir a flauta é um bálsamo,
Que nos faz lembrar das coisas mais simples e justas,
E nos leva a lugares que pareciam tão distantes, tão longínquos...

O som da flauta é uma ponte,
Que nos conecta ao divino, ao sagrado,
Que nos faz lembrar a simplicidade da fonte,
E nos ensina que a vida é mais que um fado.

Ouvindo a flauta no pavilhão do guindaste amarelo,
Eu me sinto em casa, em paz com o mundo,
Numa sinfonia que me faz sentir tão belo,
E que me recorda que somos todos juntos, um só num segundo.

Fora da Escuridão

Da escuridão eu te tirei. Da sepultura de Caim. Da armadilha das almas fantasmas. Conduzindo você através da terra onde a possessão e o medo bebem junto com a chama da luz. Forças de reconhecimento. Com um punhado de esperança eu ressuscitei dos mortos. Com olhos amorosos entrego minha parte aos demônios. Para que eles comecem a agonia da tempestade. Os anjos emergirão daqueles que sobreviverem. Aquele que vê deixe-o continue correndo. Preguiça é um crime que as hostes negras despedaçarão no nada.

O que aconteceu quando não aconteceu

Nas brumas do não, o silêncio dançou,
Promessas suspensas, o tempo se perdeu.
Destinos adiados, no vácuo repousou,
O que não se viveu, no coração floresceu.

Sonhos não traçados, aninharam-se na alma,
Ecos de possibilidades, pelo ar flutuaram.
Histórias não contadas, como estrelas sem palma,
O que poderia ser, nas entrelinhas ecoaram.

Mas mesmo no vácuo do que não se materializou,
Há uma beleza etérea, uma lição a extrair.
Pois o que não aconteceu, também nos moldou,
Ensinando que na espera, também podemos sorrir.

E assim, nas margens do não, a vida tecida,
Um poema inacabado, onde o mistério reside.
O que poderia ter sido, na mente é vida,
Uma tapeçaria de possíveis que a mente decide.

13 de ago. de 2023

O cálice negro e a falsa monarquia

No reino sombrio onde a falsa monarquia impera,
Um cálice negro jaz em sua mesa opulenta.
Símbolo de poder, corrompido e distorcido,
Envenenando mentes e levando à queda das vidas.

O príncipe falso, com sua coroa reluzente,
Incansavelmente alimenta essa miragem iludida.
Sua corte de hipocrisia e engano,
Dança ao som dos desejos egoístas em profusão.

Na superfície brilham ouro e riquezas,
Mas por dentro ecoa o grito das injustiças.
Poetas silenciados, sonhos despedaçados,
Enquanto a falsa monarquia segue enraizada.

O cálice negro é a maldição desse reino insano,
Um veneno que corrói os corações e a soberania.
As verdadeiras virtudes, sufocadas e negadas,
Enquanto a opressão e o poder mantêm seu reinado.

Mas há um movimento crescente, uma resistência,
Sussurros de liberdade que ecoam pela escuridão.
Os olhos cansados se abrem para a verdade,
E a falsa monarquia tremula em sua falsa glória.

Visões Cruéis

Visões cruéis e arrepiantes,
Viciado no pavor e no horror,
Imagens carmesim, sangue jorrante,
Mente turvada pela sua própria dor.

Aprisionado em sua própria mente,
Vivendo para o medo e o assombro,
Sem luz nem alento, somente
O obsessor infernal, seu patrono.

Mas mesmo assim, ainda resta uma esperança,
Ainda há um caminho para a salvação.
Aceite ajuda, disperte sua confiança,
E acabe com esta cruel obsessão.

Doença da Lua Ardente

A Lua ardente brilha no céu,
Onde a noite é a minha infortúnio,
Minha pele arde, meu corpo treme,
Com a maldição da doença da Lua ardente.

Uma dor em meu ser se espalha,
Quando o clarão toca minha pele,
E ao longo da noite, minhas emoções se atrofiam,
Com a terrível maldição que me domina.

A luz da lua persiste em me afetar,
E meu mundo é uma constante agonia,
Nessa luta interminável para controlar meu ser,
E encontrar um caminho para a luz do dia.

Mas não há fim para essa tormenta,
Que me impede de viver uma vida plena,
Presa na maldição da Lua ardente,
Até que a minha essência se despedaça e some.

Sozinho mais uma vez

Sozinho mais uma vez em meu caminhar,
Um silêncio profundo a me acolher.
Sinto a solidão me envolver,
E a saudade começa a me atormentar.

As ruas vazias são minha companhia,
O vento frio toca minha face.
As lágrimas que caem em desgraça,
Refletem a tristeza que me guia.

Mas nessa solidão eu encontro forças,
Para enfrentar as noites escuras.
A solidão me faz enxergar o meu valor,
E me mostra que sou capaz de superar as dores.

Aos poucos, aprendo a me amar,
A desfrutar da minha própria companhia.
Sozinho mais uma vez, encontro a harmonia,
E percebo que a felicidade posso conquistar.

Então, abraço a solidão como amiga,
E entrego-me a seus braços sem temer.
Pois sei que, mesmo sozinho, posso renascer,
E encontrar a paz dentro de mim, perdida.

Sozinho mais uma vez, mas não derrotado,
Sigo o meu caminho com coragem e determinação.
A solidão me ensina a valorizar a solidariedade,
E a continuar lutando com convicção.

E assim, sozinho mais uma vez,
Aprendo a me reinventar.
Encontro a sabedoria em cada passo,
E a solidão deixa de me assombrar.

Pois mesmo no silêncio, encontro a voz,
Que me guia rumo à minha evolução.
Sozinho mais uma vez, encontro a solução,
E me descubro cada vez mais feroz.

Sozinho, mas não desamparado,
Percebo que tenho a mim mesmo.
E assim, enfrento o mundo de frente,
Com coragem, amor e determinação no peito.

Sozinho mais uma vez, mas repleto de esperança,
Seguindo meu próprio destino.
A solidão não me abala, apenas me ensina,
Que a verdadeira felicidade está em mim, na criança.

Sozinho mais uma vez, mas finalmente completo,
Com a certeza de que sou meu próprio guia.
A solidão me fortalece e me convida,
A enxergar a beleza de estar vivo em cada trecho.

E assim, sigo em frente, sozinho mais uma vez,
Aprendendo a me conhecer e me amar.
E descubro, então, que a solidão nada mais é,
Do que uma oportunidade de me encontrar.

12 de ago. de 2023

Quando as memórias desaparecem...

Quando as memórias desaparecem,
O passado se torna um vazio,
O coração que antes sorria,
Agora se perde em desalento.

As lembranças que um dia foram vivas,
Se esvaem como areia entre os dedos,
E tudo o que restam são fragmentos,
Que um dia já foram parte de nós.

Onde estão as risadas que ecoavam,
E os rostos que um dia amamos?
Tudo se transforma em um nevoeiro,
Que encobre as histórias que um dia contamos.

Mas ainda assim, a vida segue em frente,
Com novas histórias por escrever,
E mesmo que as memórias se apaguem,
O amor que sentimos nunca vai morrer.

Porque ele resiste ao tempo e ao esquecimento,
E permanece vivo em nossos corações,
Assim como o sol que brilha no horizonte,
E nos leva a seguir em frente, em novas direções.

Holocausto Canibal

Descendo ao abismo da insanidade,
O homem se entregou à brutalidade,
Um holocausto sem igual e sem remorso,
Onde a carne se comeu em um ritual tão perverso.

O sangue jorrou como uma cascata,
Nas mãos dos que agiam como predadores,
Nada os impediu nesse caminho sem volta,
Nessa jornada sem limites ou pudores.

O canibalismo que chocou o mundo,
Deixou cicatrizes profundas na vida,
E o horror que ali se sucedeu,
Foi motivo de luto e de muita ferida.

Mas a história não pôde esquecer,
A bárbara fonte de sofrimento,
E a humanidade precisa reparar,
Toda essa culpa e punição juntas, certamente.

Maré Regular

A maré regular que banha a praia,
Eleva e baixa em ritmo cadenciado,
Revelando um movimento constante,
De um ciclo eterno e tão amado.

O brilho das águas sob o sol forte,
Reflete o amor da natureza radiante,
E na alma sentimos um conforto,
Diante de um espetáculo tão fascinante.

E assim, seguimos os passos da maré,
Com suas idas e vindas em fluxo harmonioso,
E encontramos na simplicidade da vida,
Um verdadeiro espetáculo grandioso.

11 de ago. de 2023

A falsidade que veio de você

No reino da falsidade, palavras ao vento,
Surge a triste história, que hoje lamento.
Amigos inseparáveis na jornada,
Por mulheres seduzidos, numa curva errada.

Aliança despedaçada, laços cortados,
Corações partidos, momentos roubados.
A falsidade reinou, trono de tristeza,
Amizades outrora, hoje na incerteza.

Unidos, éramos fortes, irmãos de alma,
Divididos, enfraquecidos por armadilha encalma.
Por que mulheres vieram, tal vendaval,
Destruir tudo que havia de mais leal?

Emerge a saudade, do tempo que ficou,
De festas, risadas, no coração que o destino marcou.
Mas as memórias não se apagam, desaparecem,
Velas acesas no peito, jamais esmorecem.

Oh, trágico naufrágio de irmandade perdida,
Que no mar da desconfiança já se encontra submersa e esquecida.
Contudo, ainda há esperança, mesmo desgastado,
O tempo pode curar, o que foi por paixões usurpado.

A dor se transforma, em lições aprendidas,
Renasce um novo caminho, em novas amizades bem-vindas.
No reino da falsidade finda o seu tempo,
Pois a amizade verdadeira, jamais se perde no vento.

Alma saudosa

A alma saudosa é um mar de emoção,
De lembranças e saudades sem fim,
É um misto de dor e devoção,
A que jamais se entrega o seu fim.

É sentir a falta de um tempo ido,
Do amor, da amizade, da felicidade,
É olhar o passado e estar perdido,
Na esperança de encontrar a verdade.

É uma dor amarga que não se explica,
Que nos invade e destrói por dentro,
E nos deixa a alma amargurada e triste,
Enquanto a saudade vive nos pensamentos.

Mas mesmo a dor da saudade nos ensina,
Que cada momento deve ser vivido intensamente,
E que a alma saudosa, ainda saudosa,
Pode encontrar na vida a sua essência.

Imortais

O tempo é a medida da nossa humanidade. Ao dar a alguém uma parte de nós mesmos e coisas inestimáveis, nos tornamos imortais.

A despedida do Poeta

Queridos entes queridos,

Hoje, nos reunimos neste triste momento para me despedir. Eu, [Poeta], gostaria de expressar minha gratidão por terem estado ao meu lado nesta jornada chamada vida. Embora estejamos separados agora, peço que não se entristeçam, mas sim celebrem a pessoa que eu fui e as memórias preciosas que compartilhamos juntos.

A vida é um presente fugaz, um sopro passageiro. Todos nós sabemos que, inevitavelmente, chegará um momento em que teremos que partir deste mundo e deixar nossos entes queridos para trás. Embora não seja fácil aceitar essa realidade, é importante também lembrar que a vida é uma dádiva e devemos aproveitá-la ao máximo enquanto estamos aqui.

Quero que vocês saibam que eu realmente aproveitei cada momento da minha jornada. Eu me permiti amar profundamente, rir descontroladamente e abraçar as alegrias e as dificuldades que a vida me proporcionou. Eu tive um propósito e, em minha partida, espero que vocês também possam encontrar um propósito maior para suas próprias vidas.

Por favor, não se percam na tristeza. Pense em mim com carinho, compartilhem histórias engraçadas que vivemos juntos e espalhem meu legado através de atos de bondade e compaixão. Eu acredito firmemente que cada um de vocês tem o poder de fazer a diferença neste mundo. Não subestimem o impacto que cada pequena ação pode ter na vida das pessoas ao redor.

Quero agradecer a cada um de vocês por suas amizades, amor e apoio durante toda a minha vida. Eu sou imensamente grato por ter conhecido pessoas tão especiais e ter sido abençoado com momentos inesquecíveis de felicidade. Por favor, também se cuidem e apoiem uns aos outros nessa difícil jornada de despedida.

Finalmente, gostaria de dizer que embora meu tempo neste mundo tenha chegado ao fim, minha energia, espírito e amor permanecerão vivos. Eu estarei ao lado de vocês como um anjo protetor, guiando seus passos e envolvendo-os com meu amor incondicional.

A vida é preciosa e efêmera. Aproveitem cada momento, amem intensamente e nunca percam a esperança. Eu os deixo agora com um coração cheio de gratidão e amor, sabendo que vocês continuarão a viver suas vidas com sabedoria, coragem e compaixão.

Até nos encontrarmos novamente,

[Poeta]

10 de ago. de 2023

A Casa Assombrada

Na esquina da rua, 
Uma casa abandonada,
De tijolos gastos e janelas quebradas.

Lá dentro, há algo obscuro,
Uma presença espectral,
Que arrepia os pelos do corpo mortal.

As paredes rangem,
Os móveis se movem,
E os gritos ecoam, em um terror que comove.

Nada é visto, mas muito é sentido,
Uma sensação estranha,
Que faz o medo aumentar na sanha.

A casa assombrada é um mistério,
Um enigma sem solução,
Um lugar aterrador, que não tem razão.

Só se ouve o sussurrar dos ventos,
E o ranger da madeira,
Anunciando a chegada da bruxa traiçoeira.

Nunca se sabe quem vive lá,
Nem se é possível sair,
Pois a casa assombrada é um lugar sem fim.

Meu desconforto é radiante

Ah, o meu desconforto é radiante,
Como o sol que brilha no céu distante.
Ele me envolve em uma aura de dor,
E me embala em um sono tempestuoso.

Não há como escapar desse sentimento,
Que me consome por dentro lentamente.
Oh, como eu desejaria encontrar alívio,
E poder sentir novamente a paz da mente.

Mas a minha alma continua inquieta,
E a angústia persiste em me atormentar.
Terei que procurar a causa desse problema,
E tentar, aos poucos, minha alma recompor.

Olhos mentirosos (uma homenagem)

Ah, olhos mentirosos,
Que desmentem palavras sinceras,
Que ocultam segredos indecifráveis,
Enigmáticos como as arestas das esmeraldas.

Mas em vão tentais enganar este coração,
Que conhece a verdade por seu próprio sinal,
Que sente a força do amor em seu pulsar,
E reconhece sua luz em qualquer temporal.

Ó, preguiças da verdade:
Sois um dilema para a razão,
Mas a intuição não vos engana,
Pois ela revela a verdade em sua visão.

Que a tua mentira não engane o amor,
Que sobrevive em teu engano como uma semente,
Pois ele é a única luz que vence a escuridão,
E a única verdade que desvenda a tua mentira ardil.

Que semana para esquecer

Que semana para esquecer, oh que azar
Os dias cheios de dor e desencontros a me abalar
Tristezas se acumulando em meu coração
Como se o mundo conspirasse contra minha razão

Segunda-feira trouxe notícias desagradáveis
Uma partida inesperada, amigos insubstituíveis
As lágrimas caíram como chuva no meu rosto
E a solidão pareceu ocupar cada recanto, cada posto

Terça-feira veio carregada de más surpresas
Problemas no trabalho, um desafio que me pesa
As horas arrastaram-se lentas e pesadas
Enquanto meu cansaço apenas acumulava

Quarta-feira chegou, mas o sol não brilhou
Os céus nublados refletiam minha tristeza e dó
Um amor que se foi, levando consigo a esperança
A solidão invadiu cada segundo, cada lembrança

Quinta-feira me mostrou o peso da saudade
Os amigos distantes, a falta de liberdade
Estar em casa sem poder abraçar quem se ama
É como uma tortura que despedaça a alma

Sexta-feira pareceu o respiro, o alívio esperado
Mas as notícias do mundo apenas me faziam chorar
Tragédias, conflitos, dor sem fim
Como é difícil manter a fé assim

Que semana para esquecer, oh como doeu
Achei que nem suportaria, pensei que morreria
Mas então lembrei que a vida é feita de altos e baixos
E que das quedas mais dolorosas, erguemo-nos mais fortes

Então, mesmo com todas as dores e desencontros
Não vou esquecer esta semana, não vou fugir deste confronto
Porque é nos momentos mais difíceis que crescemos
E é no enfrentamento que encontramos forças e renascemos.

Temer

Medo é falta de fé, falta de fé, é capacidade de reconhecer o que é ilusão e o que é fundamento de certeza. O alicerce, embora sem certeza é a fé que esteja morto.

9 de ago. de 2023

Destino da Aranha

No canto escuro e silencioso do quarto,
Uma aranha tece sua teia com primor,
Com fios sutis e destinos entrelaçados,
Ela cria um misterioso e intrincado ancoradouro.

Com paciência e habilidade singular,
A aranha tece um intricado labirinto,
Um emaranhado de linhas que se entrelaçam,
Como um destino traçado, um encanto distinto.

Em cada fio, há uma história por contar,
Um caminho que se abre para o desconhecido,
A aranha segue seu curso, sem hesitar,
Explorando, buscando, como um ser destemido.

Destino tecido na teia da vida,
A aranha dança no ballet das vibrações,
Capturando presas, tecendo seu sustento,
E desvendando mistérios pelas escuridões.

Com cada passo firme, ela se lança,
Em um percurso que parece pré-determinado,
Como se o destino a guiasse, em dança,
Por tramas invisíveis, ao seu destino almejado.

E assim, a aranha segue, tecendo e seguindo,
Desbravando o universo de sua existência,
Com sua destreza e habilidade, subindo,
Enfrenta o desconhecido, com plena consciência.

E na teia intrincada, uma lição reside,
Que o destino é uma trama densa e imprevisível,
Cabe a nós sermos fortes, resilientes,
E enfrentar os fios incertos com sorriso indomável.

Portanto, siga em frente, como a aranha em sua teia,
Teça seu destino com garra e determinação,
E mesmo nas encruzilhadas, esteja sereno,
Pois em cada momento, há uma bela revelação.

Câncer Social

Câncer é assim que eu chamo,
Essa vida na sociedade,
Um mal que aos poucos dano,
Vai corroendo a nossa integridade.

Muito se espera de nós,
Que sigamos uma norma padrão,
Mas nos moldes dos outros,
A nossa essência se esvai então.

Somos podados a cada passo,
Cortados como se fôssemos ervas daninhas,
Não importa se sentimos fracasso,
Afinal, é isso que se espera, em linhas.

Nos disseram desde pequenos,
Que devíamos ser perfeitos e iguais,
Mas onde ficam os nossos sonhos,
E em que momento perdemos a paz?

Vivemos em uma sociedade doente,
Que nos sufoca com sua mediocridade,
Onde o diferente é visto como um mal,
E seguimos em um mar de insensatez, sem identidade.

Minha esperança é que um dia,
A gente saia desse labirinto sem fim,
E que consigamos caminhar em sintonia,
Sem perder de vista a nossa essência enfim.

O Cadáver da Rua 8 (Poema)

O cadáver na rua 8,
Repousa frio e sem vida,
Nenhuma alma se aproxima,
Daquela triste cena dolorida.

O rosto toma pela palidez,
A vida que já foi,
Deixando todos a sós,
Com a morte que se impôs.

Quem foi esse ser humano?
O que levou sua partida?
Não importa mais agora,
Tudo se foi numa só ida.

A rua fica em silêncio,
Apenas o vento sopra,
Lamentando a pobre alma,
Que nesta rua tombou morta.

Talvez fosse um sonhador,
Ou alguém que não tinha amor,
Resta agora apenas saudade,
E um mundo sem sua bondade.

Mas a memória nunca se apaga,
De quem partiu deste lugar,
Eternamente em nossos corações,
O cadáver na rua 8 irá reinar.

Lá no fundo, eu planto a semente do diabo

Lá no fundo, eu planto a semente do diabo,
Ela cresce, se espalha, invade minha alma,
Desperta em mim um desejo avassalador,
E tudo que pode estar ao meu redor.

Ela brota em minha mente dia após dia,
E me lembra que nada é imutável,
Por mais que eu tente fugir da tentação,
A semente do mal já está plantada em meu coração.

Mas, apesar dos meus medos e incertezas,
Eu sigo firme, sem recuar um passo,
Pois é da escuridão que nasce a luz,
E é na sombra que encontro a minha própria luz.

Então deixe a semente do diabo florescer,
Ela pode ser o meu pior inimigo,
Mas é também a fonte da minha maior força,
Pois é através da dor que eu encontro a minha voz.

Paradoxal

No paradoxal labirinto da mente a vagar,
Contrastes se entrelaçam, a realidade a desafiar,
A luz e a sombra dançam, num eterno contradizer,
Um enigma profundo, difícil de resolver.

No silêncio gritante do ser paradoxal,
A lógica se quebra, como um espelho a estilhaçar,
O certo e o errado se confundem, a se misturar,
No emaranhado de dualidades a se revelar.

É um enigma poético, um jogo de ilusões,
Onde o claro se esconde nas sombras escuras tons,
Onde o sim e o não dançam em fusões,
No universo paradoxal, desafiam convenções.

Assim é a vida, um paradoxo a decifrar,
Onde opostos se unem, a se entrelaçar,
No equilíbrio sutil entre o amar e o deixar,
Desvendamos segredos que o paradoxo nos faz revelar.

Andar na corda bamba

Andar na corda bamba é desafio sem igual
Equilibrar-se entre o medo e a coragem vital
No fio tênue da vida, vamos caminhando
Com passos firmes, a cada desafio enfrentando

A corda estreita faz tremer as pernas
Mas é na busca do equilíbrio que nos elegemos
Deslizamos entre altos e baixos, sem hesitar
Na inconstância do caminho, a força encontramos para continuar

Pés descalços, coração aflito
Olhar concentrado, decidido no infinito
Os olhos miram o horizonte, em constante movimento
O corpo se estica, se contorce, buscando o alento

A vida, como uma corda bamba, é incerta
Mas nessa trama, aprendemos a ser mais espertos
Driblando os obstáculos que a vida impõe
Transformando desafios em oportunidades, nós vamos além do que se vê

Andar na corda bamba é arte de viver
É percorrer o caminho com bravura e prazer
Com o coração valente, o medo enfrentamos
E na superação diária, nosso propósito encontramos

Em cada passo dado, suor escorre pela face
Em cada equilíbrio alcançado, há uma vitória que se abraça
A corda bamba nos ensina a sermos seres humanos melhores
A enxergar a fragilidade da vida e a valorizar cada dia que floresce

Por isso, sigamos na corda bamba da existência
Com a coragem como nossa maior essência
Andemos sempre em busca de nossos sonhos
Acreditando que equilibrados, seremos mais fortes e risonhos.

8 de ago. de 2023

Introvertido

Ser introvertido é caminhar,
Entre as sombras da própria mente,
É escolher pensar e refletir,
Ao invés de falar inconsequente.

É buscar conforto em silêncios,
E em abstrações do mundo exterior,
Encontrando paz em introspecções,
E no íntimo, do nosso calor.

E mesmo que pareça estranho,
Não precisamos amigos ter,
Pois a solitude é nosso companheiro,
E juntos, em silêncio, podemos viver.

Somos mergulhados em reflexões,
E apenas falamos quando necessário,
Não precisamos em vão nos expor,
Pois nossa essência é luminária.

Introvertidos são assim,
Apreciadores da solidão,
E é na quietude que encontramos,
O nosso mais verdadeiro coração.

Tentar te esquecer

Tento a todo custo te esquecer
Mas a lembrança de você
Insiste em me perseguir.
Eu luto, resisto, tento não ceder
Mas é difícil não sentir
Saudade de você, de um amor que se foi.

Tento focar em outras coisas
Mas minha mente te traz de volta
Eu queria não me importar
Mas é impossível não lembrar
Do seu sorriso, do seu olhar.

Tento me afastar do teu caminho
Mas parece que tudo conspira
Para nos aproximar de novo
É como se o destino gosta
De nos fazer sofrer, de nos apostar.

Tento te esquecer inutilmente
Pois a verdade é que eu não quero
Eu desejo voltar no tempo
E depois de tudo que passou
Ter novamente você ao meu lado.

Memórias Mortas

Memórias mortas, tristes recordações,
Que nem o tempo muda ou pode apagar,
Marcas de um passado de decepções,
Que insistem em conosco sempre estar.

São fragmentos de histórias esquecidas,
Momentos que não voltam nunca mais,
Lembranças que nos deixam divididas,
Entre a tristeza e a paz.

Cada lembrança vem com uma dor,
Que dilacera o coração da gente,
São memórias que não queremos ter.

Mas mesmo assim, elas seguem em frente,
E mesmo sendo mortas, ainda têm valor,
Pois nos ajudam a escrever nossa mente.

Vísceras expostas

Nas entranhas da existência, as vísceras expostas,
Uma história esculpida, tão singela quanto atroz,
Cria-se um cenário em que a dor compõe a realeza,
Onde o rubor de almas se reflete num tom feroz.

Vísceras expostas, num mundo que desaba,
Em cada pulsação, um teatro de dor e paixão,
As entranhas dilaceradas pelo tempo que não passa,
Efervecente momento em inspiração e degradação.

O suor da agonia retratado em versos tão melódicos,
Mil ecos sinistros a celebrar, e a infinita angústia a exaltar.
Neste canto que emerge, o ser humano em sua fragilidade;
Impulsos viscerais ultrapassam barreiras, se tornando realidade.

Do abismo profundo, nas sombras do inconsciente,
Dançam as vísceras expostas em busca do perdão.
Corações desintegrados clamam pelo dia,
Em que um simples suspiro possa libertar esta prisão.

Contam-se histórias de terror e arrancam-se sorrisos,
O paradoxo que dá vida ao espetáculo grandioso,
Sutilmente unindo os fios do destino, qual emaranhado voraz:
Nosso universo estampado, donde as vísceras são o cerne curioso.

Todo mundo está morto para mim

Todo mundo está morto para mim,
São espectros sem brilho, sem voz,
São sombras que vão, sem um fim,
Fantasmas sem amor, sem nós.

Quando olho ao meu redor,
Não encontro nada que me prenda,
A vida é feita de dor,
E a esperança, nunca se acenda.

Sinto-me preso em um mundo ilusório,
Onde tudo é vazio, sem sentido,
Nada me traz alegria, é notório,
Estou sozinho, sempre ferido.

Não sei como cheguei aqui,
Mas sei que é difícil de sair,
Pois toda vez que tento fugir,
O vazio volta a surgir.

Todo mundo está morto para mim,
E a vida nada mais é que um fim,
Um lugar sem cor, sem estação,
Um mundo sem amor, sem emoção.

7 de ago. de 2023

Morto

Não posso mais sentir o vento no rosto,
Nem ouvir o canto dos pássaros ao longe.
Não posso mais saborear o gosto
Do alimento praticamente um monge.

Posso ver as pessoas ao meu redor,
Mas elas não percebem minha presença.
Não têm conhecimento do meu torpor,
Nem sentem minha ausência.

Estou preso em um mundo de silêncio,
Onde não há luz nem calor.
Uma existência sem sentido,
Um estado de morte sem amor.

Mas em minhas memórias eu posso encontrar
A vida que uma vez foi minha.
Eu posso reviver aqueles dias,
Embora tenha partido sem ser cumprida a missão.

Assim é a minha condição,
Preso nesse estado letárgico.
Ainda estou no mundo dos vivos,
Mas minha alma deixou este corpo.

A Tela do Pensamento

Eu vivo atrás da tela do pensamento,
Onde os sonhos me levam a lugares distantes,
A imaginação é o meu alimento,
E o desejo me faz ir mais adiante.

Aqui, as emoções são intensas,
E os sentimentos não têm limite,
Tudo é possível, tudo faz sentido,
Mas na vida real... tudo é diferente.

As projeções não têm substância aqui,
São apenas fragmentos do meu ser,
E quando eu olho ao meu redor,
Percebo que a realidade é difícil de entender.

Um fio esbelto informa minha vida,
Um fio que liga o mundo virtual ao real,
E mesmo que eu me perca na minha mente,
Eu sei que tenho que voltar ao mundo real.

Mas eu gosto de viver atrás da tela do pensamento,
De explorar o que ninguém jamais viu,
E mesmo que a realidade seja difícil de enfrentar,
Eu sei que sempre terei o meu mundo virtual para fugir.

Olhos de Demônios

Os olhos de demônios,
São um convite à escuridão,
Sua cor, um tom sombrio e melancólico,
Que esconde a perversão.

Sua visão é capaz de escravizar,
E induz à maldade sem piedade,
Podendo corromper e destruir,
Toda a pureza da humanidade.

Mas olhos de demônios,
Também podem esconder,
Pistas para a salvação,
E uma chance para se remeter.

Às vezes, o mal se revela
Através de olhares que metem medo
Mas, se você olhar bem, poderá ver
A esperança e o amor em segredo.

É necessário atravessar a escuridão
E enfrentar as trevas que o assombram
Há uma luz escondida em seu olhar
Que é capaz de mudar o que há muito se tornou sombrio.

Então, não se deixe levar pelo terror
Nem pelo medo que o impulsiona a evadir
Busque a força oculta em seus olhos
E a luz se revelará em seu interior.

Zé do Caixão 2

O Zé do Caixão, impetuoso e sombrio,
Caminha pelas ruas com ar de mistério.
Seus olhos penetrantes e sua capa escura
Causam arrepios àqueles que o observam com ternura.

Seu nome é temido, respeitado e ao mesmo tempo amado,
Pela sua personalidade forte e um tanto quanto perturbada.
O Zé do Caixão habita os sonhos e pesadelos
De quem o assiste na tela, de quem lê seus romances e contos.

O seu legado é um tanto quanto obscuro,
Mas é inegável que ele deixou sua marca no cinema brasileiro.
O Zé do Caixão é um ícone da cultura
Que deixou sua digital no terror nacional, sem amargura.

Assim, esse personagem forte e intenso
Continuará a assombrar mentes por gerações,
E, mesmo que perturbador, será sempre lembrado
Como um símbolo do medo e das nossas emoções.

Zé do Caixão

Caminhando na noite escura
Surge um ser do além
Com seu chapéu e capa preta
O temido Zé do Caixão

Com unhas afiadas como garras
Assusta os corações mais corajosos
E em suas mãos, a morte é certa
Tão aterrorizante e misterioso

Mas há quem o admire e respeite
Por sua ousadia e estilo único
Um ícone da cultura brasileira
Que marcou gerações com seu toque sombrio

Oh, Zé do Caixão, figura lendária
Em ti, o medo e fascínio se encontram
Teus filmes são um legado imortal
Que jamais será esquecido ou banido.

6 de ago. de 2023

Distância(s) de lado

Distância de lado, firme e inflexível,
Tu que és medida e limite das coisas,
Marca com rigor teus traços visíveis,
E dentro de ti mantém teus reis e vozes.

Mas oh, distância, não és tu soberana,
Que os espíritos livres não se vergam,
Pois mesmo em tua rígida jurisdição,
Ainda há espaço pra voar na imensidão.

Divina distância, sem ti não haveria ordem,
Mas a liberdade não conhece fronteiras,
Assim, sejas o guia e nunca a força medonha,
Que o infinito é destino das almas pioneiras.

Sol da Insignificância

No vasto céu de perplexidades,
Surge o Sol da Insignificância,
Um brilho tímido e discreto,
Desperta a alma da magia distante.

Nas sombras da vida quotidiana,
O Sol se esconde, quase inaudível,
Mas sua luz sutil e serena,
Reveza-se num mundo incognoscível.

Em meio à multidão apressada,
Invisível aos olhos da rotina,
O Sol da Insignificância caminha,
Imerso em sua própria sina.

Não busca fama ou recompensa,
Não almeja aplausos ou poder,
Sua missão é iluminar as tristezas,
Dissipar as nuvens do amanhecer.

Oh, Sol da Insignificância,
Tu que brilhas sem saber,
Ah esse brilho que encanta,
Numa esperança que nunca morrerá.

És insignificante aos olhos do mundo,
Mas em teu brilho reside o poder,
De transformar as lágrimas em sorrisos,
E fazer o amor renascer.

E assim, embora pequeno e discreto,
O Sol da Insignificância continua a brilhar,
Levando a luz da esperança,
Para todos os que querem enxergar.

Por isso, permita-se a olhar para o céu,
E encontrar o Sol que insiste em brilhar,
Desperte para a magnitude da insignificância,
E deixe o mundo com sua luz iluminar.

Linhas de sua alma na caverna

Nas profundezas escuras da minha alma,
Uma caverna se esconde, cheia de mistério.
Lá estão as linhas que contam minha história,
Traços de luz e sombra no cenário.

São linhas tênues, que se entrelaçam com arte,
Desenhando os sentimentos mais profundos.
A melancolia dá vida às suas curvas,
E a alegria colore o mundo em segundos.

Em cada trilho, há uma marca de experiência,
Cicatrizes de lutas travadas em silêncio.
São linhas que contam segredos escondidos,
Pedaços de mim, revelados com paciência.

Na caverna da alma, as linhas se cruzam,
Criando conexões de amor e de dor.
Elas dançam ao som de uma melodia única,
E iluminam os caminhos que sigo com fervor.

Entre as linhas, há passagens escondidas,
Onde encontro coragem para me reinventar.
E quando a tristeza se faz tempestade,
Elas me guiam, me mostram o caminho para voar.

Nas linhas da minha alma na caverna,
Encontro a essência que me faz brilhar.
São palavras escritas com tinta eterna,
Poemas que ecoam, não importa o lugar.

Que jamais se apaguem essas linhas,
Que nunca se percam na escuridão.
Poemas eternos, guardiões de memórias,
Nas cavernas da minha alma, são a emoção.

O carniceiro dos deuses

No reino celeste, um ser imortal,
O carniceiro dos deuses, de semblante fatal.
Com seu manto negro e olhar penetrante,
Causa arrepios aos seres diante.

Seu ofício é macabro, um destino cruel,
Percorre as estrelas, com mãos de papel.
Retira das divindades sua essência vital,
Para manter o equilíbrio universal.

Nas profundezas do cosmos ele vagueia,
À procura dos deuses em sua jornada insana.
Sem piedade ou compaixão em seu coração,
Ele extrai a vida com destreza e precisão.

Em cada corte, uma centelha divina se apaga,
Os deuses assistem, sem poder fazer nada.
São apenas mortais perante seu poder,
O carniceiro dos deuses é quem decide viver.

Mas por trás de sua tarefa sombria,
Há também um fardo de angústia e agonia.
Pois ao ceifar a essência dos seres imortais,
O carniceiro carrega consigo seus ais.

E assim, no universo, o carniceiro caminha,
Com suas mãos encharcadas de divindade extinta.
Um guardião sombrio, uma força implacável,
O carniceiro dos deuses, eterno e inabalável. 

5 de ago. de 2023

Desiludido com o amor

Desiludido com o amor e suas mentiras,
Sinto a dor que invade meu peito,
As palavras vazias, as falsas promessas,
Tudo isso me deixou desfeito.

O que era amor se tornou ilusão,
E as lágrimas rolam pelo meu rosto,
Sinto-me enganado, traído pelo coração,
Que um dia foi meu maior aposto.

Ainda tento entender o que aconteceu,
Onde foi que errei ou se fui apenas vítima da sorte,
Mas nada muda o fato que o amor morreu,
E agora resta apenas a dor em minha corte.

Porém, não vou me entregar à tristeza,
Vou seguir em frente, mesmo com essa ferida aberta,
Quem sabe um dia encontre a beleza,
De um amor verdadeiro, que não seja só uma porta aberta.

Destino Entrelaçado

Destino entrelaçado,
Teço fios de meu ser
Numa tapeçaria sem fim,
Que me leva a conhecer.

Caminhos tortos e sinuosos,
Que me levam a lugares desconhecidos
E me mostram as trilhas que devo seguir,
Mesmo que me sintam perdido.

Entrelaçando no tempo,
Fios de esperança e de amor,
Destino me conduz ao futuro,
Que planejei com tanto fervor.

Então eu te sigo, destino,
E confio em ti sem medo,
Pois sei que, entrelaçado comigo,
Estás sempre ao meu lado.

E quando chegar o fim,
Nossos fios se encontrarão,
E a tapeçaria do nosso destino,
Será um legado eterno da nossa união.

Balde de Mel

Oh, balde de mel tão doce e sedutor,
Te vejo e meu coração se enche de amor,
Queria te saborear por inteiro,
Deixar o meu paladar muito mais ligeiro

Te imagino escorrendo entre meus lábios,
E a cada gole, me sinto mais sábio,
Com o seu sabor tão rico e envolvente,
Me entrego a cada momento presente.

Queria ter você só para mim,
Prender você em meu coração assim,
E a cada dia te saborear,
Meu balde de mel, minha paixão sem igual.

Mas sei que não é possível,
E que essa espera é insuportável,
Mas mesmo assim, eu não desisto...
E continuo a sonhar com o meu lindo balde de mel sem fim.

Decadência Mental

Mentes em decadência, um triste fado,
Pensamentos amargos, tão perturbados,
Palavras sem sentido, sem emoção,
Fragmentos desconexos, sem razão.

A luz de outrora, agora opaca,
Desalinhada, a mente não se encaixa,
Em um redemoinho de loucura,
A decadência mental domina a figura.

Lembranças se perdem, a memória foge,
A tristeza persiste, o caos se aloja,
Nenhum sentido parece fazer sentido,
A mente em ruínas, sem alicerces firmes.

Como reconciliar-se com a desintegração?
Aonde encontrar força para segurar-se?
A luta contra a decadência mental é difícil,
Mas espera-se renovação após as sombras, uma nova clareza.

Enquanto dançamos o caminho de fogo ou consolo

Enquanto dançamos o caminho de fogo,
Queima-nos a chama do amor ardente,
Em passos cadenciados e sem um rogo,
Entregamos a alma ao presente.

Esquecemos as dores, buscamos o consolo,
Na luz que emana de nosso ser,
Com o fogo que arde em nosso coração,
Encontramos a paz que não nos deixa sofrer.

Que a dança nos leve sempre adiante,
Com toda a força do amor a nos guiar,
Até que o fogo unifique as almas,
E possamos juntos na paz meditar.

4 de ago. de 2023

Loop de dor

No turbilhão do tempo, um ciclo sem fim,
Um loop de dor que parece não ter fim.
Uma dança sombria, triste melodia,
O coração sangra em eterna agonia.

Emaranhado nas teias do destino,
Preso na espiral que me faz pequenino.
Cada passo dado, um retorno ao passado,
A dor se repete, o sofrimento é herado.

E assim vou vivendo, nesse ciclo cruel,
O peso das lembranças, o fardo que é tão cruel.
A cada volta, a angústia se aprofunda,
Minha alma cansada, frágil e moribunda.

Procuro uma saída, uma forma de quebrar,
Esse loop de dor que insiste em me abraçar.
Mas a esperança se esvai, como um sopro de vento,
E afundo nas sombras, sem um alento.

Mas talvez, em algum momento incerto,
Eu encontre a chave para esse deserto.
Um lampejo de luz que me faça despertar,
E desvendar o segredo para me libertar.

Então, persisto na busca por redenção,
Acreditando que um dia encontrarei a solução.
Pois, mesmo na repetição incessante,
Há a chance de transformar o fado constante.

E assim, com fé e coragem, sigo adiante,
Enfrentando o loop de dor de forma elegante.
Pois sei que, no fundo, há um sentido oculto,
E que a jornada é parte do meu amadurecimento tumulto.

O Chamado

O chamado nos convida,
A caminhar sem rumo certo,
A desbravar novos horizontes,
A seguir o coração aberto.

Ele surge em momentos impensados,
Assim como um sopro suave,
Mas é forte como a tempestade,
E nos desperta para a verdade.

Não há como ignorá-lo,
Ele ecoa em nossos ouvidos,
E nos impele a sair da zona de conforto,
Para buscar o que é vivido.

O chamado pode ser assustador,
Mas é a nossa escolha escutá-lo,
E deixar a vida nos levar,
Pois é assim que aprendemos a amá-lo.

Gnose

Ó conhecimento oculto, 
Que ilumina a mente e expande a alma! 
Tu que és o mistério divino, 
O segredo transcendental.

Permite que minhas palavras fluam como um rio de luz,
Expressando a beleza do teu ser insondável. 
Que o meu coração se abra para receber a tua verdade, 
E que a minha mente seja uma lâmpada que brilha com a tua sabedoria profunda. 

Que esta busca pela gnose nos leve sempre mais perto da Divindade, 
A fim de podermos compreender a nós mesmos e o nosso lugar no universo.

O suicídio mental que ninguém vê de poetas esquecidos e não famosos

No obscuro recesso da mente,
Há um poema sem rima e sem verso.
Sobre a dor que cala e que mente,
Um segredo guardado com esmero.

Nas linhas invisíveis, fragmentadas,
Sobrevive o suicídio mental.
Ninguém vê, ninguém escuta
O grito calado e transcendental.

Esses poetas desconhecidos,
Que não têm suas palavras citadas,
Escrevem com sangue invisível,
Com lágrimas guardadas e ocultadas.

Nas entrelinhas da escuridão,
Sua poesia transcende o abismo,
Incompreensível para a multidão,
Mas tão real como um profundo abraço de alívio.

Em sua solidão, eles sofrem, eles lutam,
A batalha invisível de suas mentes.
Eles sentem a dor, a dor que mutila,
Mas a arte é seu refúgio, sua esperança ardente.

Esses poetas não famosos,
Com suas palavras não celebradas,
Encontram na escrita um consolo,
Uma maneira de aliviar as almas cansadas.

Então, ouça a voz dos poetas esquecidos,
Os versos nunca declamados.
Não deixe que suas palavras desapareçam,
Pois podem tocar corações, acalmar almas abaladas.

3 de ago. de 2023

A falsidade deles

Falsidade deles,
A máscara no rosto,
Escondendo a verdade,
Palavras sem gosto.

Falam de amor e de amizade,
Mas suas intenções são obscuras,
Enganando os que em boa fé,
Neles depositam suas crenças mais puras.

Falsidade deles,
Que destroem nossa confiança,
Nossos sonhos e esperanças,
Em perigosas jogadas de dança.

Sobre os Lábios Desfiados do Silêncio

Nos lábios desfiados do silêncio,
há segredos guardados com prudência.
Pensamentos ocultos, palavras não ditas,
esperando apenas uma chance.

Os lábios que outrora eram risonhos,
hoje se fecham em um gesto mudo.
Mas dentro do peito há um mundo,
esperando para ser descoberto.

Oh, como é difícil falar às vezes,
confessar o que como pedra pesa.
Mas nos lábios do silêncio guardamos,
segredos que seriam a nossa própria ruína.

Então deixemos que o tempo passe,
que amadureçam nossas emoções.
E quando a hora chegar, com coragem,
soltemos nossos segredos em canções.

Nos lábios desfiados do silêncio,
há a beleza da introspecção.
E se soubermos lidar com isso,
encontraremos a nossa libertação.

Crucificado Sob Seu Toque

Crucificado sob seu toque,
Meu corpo é como cera em suas mãos,
Meus olhos se perdem na sua visão,
E minha alma dança ao som da sua voz.

Tu me prendes com seus braços fortes,
E eu me entrego sem resistência,
Pois sinto que em seus olhos,
Vejo a luz da minha existência.

Ah, como é delicioso ser sua presa,
E mergulhar em sua paixão,
Pois sei que enquanto eu estiver aqui,
Não há nada que possa me deter.

Então, crucifique-me em sua cruz,
Queimar-me com seu fogo,
Pois na sua presença, sou completo,
E encontro a plenitude do meu ser.

Esqueletos em carros abandonados

Esqueletos em carros abandonados,
Silenciosos e desolados,
Histórias que se perderam no tempo,
Permanecendo agora apenas em seus ossos.

Quem eram eles, o que faziam?
Perguntas sem respostas, sem nenhum som.
O silêncio é sua única testemunha,
Nesse mundo de solidão.

E ainda assim, em cada carro abandonado,
Há uma aura de mistério e encanto,
Como se as almas que ali estiveram,
Ainda vagassem em suas entranhas.

Esqueletos em carros abandonados,
Histórias silenciosas e esquecidas,
Mas ainda deixam uma marca indelével,
Naqueles que se aventuram a explorar suas ruínas.

A Gênese da Miséria

Com o passo trôpego e o olhar vazio
A miséria se desenha na paisagem,
Como um baque surdo que anuncia
A dor profunda que acompanha a passagem.

Desde o berço até a velhice cansada
A miséria espreita cada passo dado,
E nem mesmo a terra é mais sagrada
Quando a fome nos deixa à míngua doiado.

E assim a vida segue o seu caminho,
Com a alma em frangalhos e sem destino,
Como um rio sem rumo na desolação.

Mas a gênese da miséria é profunda,
E nossa sociedade é parte dessa funda,
Onde a ganância veste sua macabra coroa.

A dança da lógica

Na dança da lógica, os passos se entrelaçam,
Raciocínio e razão em movimentos que brilham.
Um balé intelectual, tão belo e profundo,
Onde ideias se encontram em um mundo irrompido.

Os pensamentos dançam em harmonia perfeita,
Perguntas e respostas, uma coreografia eleita.
A lógica conduz cada movimento preciso,
Desvendando mistérios, em busca do juízo.

A trama se desenrola, um enigma a decifrar,
Premissas se estabelecem, verdades a encontrar.
Cada argumento é um passo, um avanço na melodia,
E o palco se ilumina com a luz da sabedoria.

O ritmo acelerado, um desafio constante,
Clareza e coerência são a base vibrante.
Falácias são evitadas, contradições desmascaradas,
No compasso da razão, as mentes são alinhadas.

A dança da lógica é um diálogo entre almas,
Um dueto de ideias que não se calam.
Pensadores se enfrentam em um jogo de intelecto,
Em busca da verdade, a dança é o seu efeito.

Nas reviravoltas do raciocínio, surge o encantamento,
Desvendando mistérios, expandindo o pensamento.
Nessa dança sublime, todos são convidados,
A explorar o universo dos conceitos mais abstratos.

E ao final da apresentação, uma conclusão se revela,
Um insight brilhante que a mente anela.
A dança da lógica deixa marcas profundas,
Nos corações e mentes, nas almas fecundas.

Assim, celebremos a dança da lógica, com emoção,
Em cada movimento, uma nova compreensão.
Ergamos os olhos para o palco do conhecimento,
Onde a dança da lógica nos leva ao encantamento.

O Oceano Negro

Nas profundezas do oceano, um mistério,
Emerge majestoso, o oceano negro,
Um vasto abismo de enigma e cenário,
Onde segredos ocultos vêm à tona.

Suas águas escuras, tenebrosas,
Refletem um horizonte obscuro e frio,
Um semblante sombrio, intenso e sombrio,
Onde a luz do sol encontra-se ausente.

Mas dentro desse abraço, uma beleza
Reside nos segredos que guarda em si,
Criaturas místicas, formas grandiosas.

O Oceano Negro, imponente e profundo,
Desperta em nós um sentimento estranho,
Uma fascinação pelo desconhecido.

Assim, em sua vastidão, meu olhar se perde,
Explorando as profundezas com fascínio,
E a cada onda, uma nova descoberta.

Seu manto escuro esconde segredos mil,
Sob o véu das sombras, histórias se entrelaçam,
Enigmas ocultos que o tempo revela.

No horizonte negro, um convite sutil,
Para desvendar o que está por detrás,
E mergulhar no mar do desconhecido.

O Oceano Negro, guardião de mistérios,
Inspira medo, mas também inspira a paz,
Uma dualidade que cativa os aventureiros.

Então, em seu reino escuro, vamos explorar,
Descobrir tesouros escondidos nas profundezas,
E desvendar os segredos do Oceano Negro.

O espantalho que vivia uma vida fake

No campo vasto onde o vento ecoa,
Habita o espantalho que a vida renega.
Um mero espectro de aparência vazia,
Vive uma farsa que o coração despedaça.

Com roupas remendadas e sorriso falso,
Ele caminha entre o trigo, mas está sozinho.
Suas palavras são eco sem sentido,
E sua essência, em mentiras, se enreda.

Olhos vazios, olhar de ausência,
O espantalho tece uma teia de ilusão.
No esforço de ser algo que não é,
Esqueceu sua essência e a própria razão.

Sonha em ser como os pássaros livres,
Que cruzam os céus com alegria e verdade.
Mas suas asas de palha são frágeis e ilusórias,
E ele jamais alcança tal felicidade.

Oh, pobre espantalho que vive a mentira,
Desperta para a verdade que há de encarar.
Liberte-se das amarras da vida fake,
E deixe sua essência genuína brilhar.

Descubra a beleza que habita em seu ser,
E que o campo florido possa te abraçar.
Abandone a máscara que o aprisiona,
E viva, enfim, a vida que é verdadeira e real.

O antagonista da Falsidade

Um antagonista emergiu,
Movido pelo ego, sua essência se perdeu.
Na falsidade, teceu um manto enganador,
E em sua trama de mentiras, cegou-se o amor.

Mas ao perseguir a ilusão de poder,
Esqueceu a verdade do que é viver.
No auge da sua arrogância, caiu em desalento,
Perdido nas teias do próprio tormento.

O véu da falsidade o envolveu por inteiro,
E a máscara que usava tornou-se verdadeiro.
Mas a máscara, ao fim, não sustentou-se firme,
E a morte do ego trouxe a verdade que se exime.

O verdadeiro antagonista se foi,
Levando consigo a dor que causou a si e a outros.
Que seu exemplo nos ensine a humildade e a compreensão,
Para que evitemos trilhar caminhos sombrios e traiçoeiros.

O serial killer

Em noites sombrias, emaranhado em mistério,
Surge um ser, sombrio e sanguinário.
De alma torturada, ele desafia a história,
Arrancando corações, devorando olhos em vitória.

Em passos furtivos, ele se aproxima,
Um fantasma cruel nas sombras da noite.
Seus dedos afiados como lâminas mortais,
Destroçam corpos inocentes sem afeição.

Corações pulsantes são sua obsessão,
Cobiçados troféus de seu macabro altar.
Olhos vazios, testemunhas condenadas,
Pelo assassino hediondo, sem alma ou pesar.

Uma dança de horror em cadência sinistra,
Ele tece sua teia de medo e agonia.
Sem piedade, sem remorso, o seu lema,
Corpos sem vida, vítimas da sua loucura sombria.

O nada

O nada morre. Nasce com o vazio livre de defeitos.
Um espinho de tristeza perfura a mente por completo.
Quantas vezes mais você vai se lembrar de nós.
Com o vazio quebro as janelas dos mostruários vitriólicos.