13 de jan. de 2024

Não se apoie muito (no meu ombro)

Não se apoie muito em meu ombro,
Pois o ódio emana quando estou contigo.
Mantemos uma dança delicada,
Um jogo de forças que não é amigo.

Sentimentos intensos se misturam,
No turbilhão dessa relação conturbada.
O amor ferido, a mágoa que persiste,
São teias frágeis, delicadamente trançadas.

Não se apoie muito em meu ombro,
Pois a repulsa flui no espaço entre nós.
Somos pólos opostos, em constante colisão,
Uma história repleta de desencontros e nós.

A dor que carregamos não é pequena,
E se esconde nas entrelinhas do desdém.
Não há espaço para amores quebrados,
Nem para sentimentos que se desfazem além.

Então, não se apoie muito em meu ombro,
Pois o rancor encontra abrigo em meu peito.
Somos pedaços de uma história partida,
E é melhor seguirmos cada um com seu leito.

Busque o caminho que te traga paz,
E que eu encontre o meu trilho também.
Não há necessidade de fingir sermos amigos,
Quando o que sentimos é o oposto: além do além.

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