3 de jan. de 2024

A Desventura do Amor: Versos Tristes e a Incerteza do Sentimento

Em versos tristes hei de contar-te, amigo,
A desventura que em meu peito habita,
Do mal que enfrento, e tua mão solicito,
Pois vejo o amor, fulgor, um sangue frio.

Mulher, em quem supostamente encanto,
Revela ser um ser ardiloso e traiçoeiro,
Seu coração é volúvel e sorrateiro,
Um oceano em ondas, líquido encanto.

Não mais confio em seus olhares doces,
Pois descobri que são artimanhas breves,
Palavras e promessas, meros engodos.

O amor, esse sentimento tão abstrato,
Que se dissipa como névoa num vago sopro,
É frágil como cristais, trêmulo e fugaz.

Mas mesmo assim, tão incerto e esquivo,
Ainda é capaz de despertar em nós,
Um fogo ardente, paixão em pleno coliseu.

Por isso, amigo, mesmo em dores calmas,
Acredite no amor, mesmo que abstrato,
Pois só ele pode curar nossas almas. 

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