Olhe com seus próprios olhos para o norte,
Segure um trevo seco no punho,
Faça um desejo, e eu virei como sombra para a cama.
Entre nos meus sonhos, colha os frutos,
Agora sou uma ave de pântano, antiga, e eu sou Ninguém,
Olhe para o céu, perfurando o teto,
E atravesse seus cantos com uma vela.
Transformei-me em ave, perdida em minha mente,
Vivo sem dias, perdendo a conta dos minutos,
Quem sou eu? O que sou?
Um cadáver de penas errante.
E um dia amei, não lembro quem?
Agora presa no pântano, a lama me puxa,
Cansada, uma ave antiga, um sussurro ancestral,
Gostaria de voar, mas o breu viscoso me prende.
Caí nas asas, como um machado de olmo,
O mundo grita no ouvido: acorde,
Congelará no pântano. Você está delirando,
Levante seus olhos, deixe-se encantar.
A vida sonolenta ainda aquece em seu corpo.
Quando sentir saudades, transforme-se em águia,
Procure a ave antiga do norte,
Voando, aqueça suas asas brancas,
Liberte-se da escuridão, desperte do sono...
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