No íntimo da minha alma,
Existe uma luz, brilhante e intensa,
Que tentei, por medo, esconder,
Com véus escuros e sombras densas.
Ela brilha, incansavelmente,
Como um farol de esperança,
Mas eu, com receio e desconfiança,
Coloquei-a numa redoma, silenciosamente.
A luz que tentei esconder,
É o meu amor, admirável e puro,
Uma chama que anseia por aquecer,
Toda a escuridão de um coração obscuro.
Por muito tempo, a mantive calada,
Coberta de tristeza e desilusão,
Porém, ela continua acesa, dedicada,
Desafiando a minha própria razão.
Quis esconder a minha vulnerabilidade,
Evitar sentir qualquer dor ou desamor,
Mas a luz que habita em minha essência,
É intrépida e busca o seu esplendor.
Agora, vejo claramente sua beleza,
Como uma estrela radiante no céu,
Ergo-me para abraçá-la de vez,
Deixando para trás o meu véu.
Quero irradiar a luz que tentei esconder,
Espalhá-la pelo mundo, sem reservas,
Pois o amor verdadeiro, eis o meu ser,
E é assim que encontrarei as minhas reservas.
Que essa luz nos guie pelo caminho,
Iluminando cada passo que dermos,
E que sejamos gratos, sem vislumbres mesquinhos,
Pelo amor que em nós renasceremos.