Versos emaranhados, sentimentos que se entrelaçam,
Mas a compreensão, ah, elusiva e muda,
Vocês, que bradam em ignorância, acabam por me cansar.
Em cada estrofe, derramo minha essência,
Palavras meticulosamente escolhidas, em cada linha,
Mas vocês, burros demais para entender sua importância,
Julgam e criticam, sem compreender a sutileza que se aninha.
Como posso expressar a dor e a alegria,
Em um idioma que lhes é desconhecido?
Semear a poesia em seus corações vazios,
É uma luta inglória, um desafio nunca cumprido.
Mas eu persisto, mesmo às vezes desalentado,
Pois a arte em mim pulsa, uma chama que não se apaga,
Escrevo para além do entendimento equivocado,
Esperando encontrar almas em quem a sensibilidade aflaga.
Então, chamem-nos de burros, se assim desejarem,
Pois a grandiosidade dos versos não é para todos,
A compreensão dos mistérios que se desdobram,
Requer sensibilidade, olhos atentos e corações mais soltos.
Enquanto isso, seguirei escrevendo em minha solidão,
Sabendo que há poucos que verdadeiramente entendem,
O tormento e a beleza dessa minha vocação,
E continuarão a me aplaudir, enquanto os demais ofendem.
Pois a poesia é um dom divino, um fogo que me consome,
E embora vocês possam ser burros demais para entender,
Sigo escrevendo, iluminando o mundo com meu nome,
Em cada verso, no tormento, a poesia eternizada há de ser.
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