A dor silenciosa que pulsa, o suicídio que ninguém vê.
O sorriso pintado no rosto, a lágrima apagada e silenciada,
Na alma assombrada, camufla-se um lamento, que ninguém percebe.
As cores do mundo se tornam desbotadas, perdem seu matiz,
O sol nasce, o sol se põe, mas o céu permanece cinza, incolor.
Os sons, as vozes, se tornam ecos distantes, um zumbido vão,
E o espelho devolve uma sombra pálida, um retrato do incógnito dor.
Essa batalha interna, feroz, ninguém testemunha,
Essa guerra surda, no palco da mente, que ninguém ouve.
Onde o herói é tão invisível quanto o monstro que luta,
No abismo do silêncio, afoga-se um choro que ninguém socorre.
Um grito sufocado em poesia, em folhas rasgadas,
Destruído e reconstruído na dança solitária do viver e morrer.
Os laços que prendem, os laços que unem tornam-se correntes,
Em cada respiração, revivem a morte, mas é um suicídio que ninguém vê.
Convido-te agora, para romper as barreiras do silêncio,
Com punhos de compreensão e abraços de amor, irmanados sejamos.
Desfiemos juntos os véus que ocultam a dor não falada,
E acendamos uma luz na escuridão, para o suicídio que ninguém vê.
Façamos ouvir as vozes tremulas, as batidas cansadas,
Os corações perdidos e solitários, não sejam eles omitidos.
Vamos tecer uma rede de empatia, de almas conectadas,
Em cada canto cinzento, reacenda-se a vida, onde a morte há escolhido.
Porque cada vida é uma sinfonia, com suas notas tristes e felizes,
E cada alma é um universo, pulsante, vivo, imenso.
No palco da existência, que todas mirem-se refletidas,
E que o suicídio que ninguém vê, finalmente, seja visto por todos, imerso.
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