Cenas passadas, momentos vividos, almas coloridas.
Aqui não há ilusões, nem véus que nos escondam,
O espelho negro mostra a verdade, enquanto a vela se consome.
No reflexo sombrio, as lembranças dançam em silêncio,
Retratos em preto e branco, corações que já foram intensos.
Rostos que um dia sorriram, agora desfigurados pela dor,
O espelho negro da morte, um portal para o desconhecido.
Olho fixamente as imagens desse espelho obscuro,
A vida que escorre entre as mãos, implacável e duro.
Eu vejo os sonhos que se quebraram, as promessas desfeitas,
O espelho negro reflete a fragilidade das nossas vidas tão estreitas.
Na frieza desse vidro negro, o tempo parece congelado,
Enquanto o relógio da morte marca cada segundo desesperado.
Lágrimas escorrem pelos rostos, em borrões de pesar,
O espelho negro da morte nos mostra o fim, sem piedade.
Mas no reflexo sombrio, também vejo a força da resiliência,
Corpos que se erguem, almas que encontram a essência.
O espelho negro nos mostra que há vida mesmo após a partida,
Que mesmo na morte, a esperança perdura e nunca se despedaça.
Então, encaro o espelho negro da morte com coragem e fé,
Sabendo que a vida é uma jornada, e a morte é apenas um véu.
Enquanto ele reflete minha existência, eu aproveito cada instante,
Ciente de que o espelho negro da morte é apenas um lembrete constante.
Que a vida é efêmera, e devemos vivê-la com intensidade,
Porque um dia, todos nós seremos refletidos na eternidade.
No espelho negro da morte, encontro a verdade, a certeza,
De que a vida é um milagre e viver é nossa maior riqueza.
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