17 de jul. de 2023

Falando no Diabo

Falando no Diabo, ouço a sua voz sussurrante,
Nas sombras dançantes, um chamado provocante.
Ele surge do abismo, envolto em mistério e dor,
Um ser ardiloso, conhecedor do horror.

Seus olhos profundos refletem o medo oculto,
Um sorriso maligno, um convite, um insulto.
Seus passos são leves, porém cheios de veneno,
Engana os incautos, brinca com o sereno.

Falando no Diabo, a tentação se faz presente,
Suas palavras são como chamas ardentes.
Ele sussurra desejos proibidos ao ouvido,
E, pouco a pouco, nossos princípios são corroídos.

Em seu reino sombrio, ele tece sua teia,
Enredando as almas, conduzindo à peleja.
Sua astúcia é tal que poucos escapam ileso,
Presas do seu jogo, cativos no seu avesso.

Mas cuidado, ó mortal, ao lidar com tal entidade,
Pois ele é um mestre da manipulação e da falsidade.
Não te deixes enganar por promessas enganosas,
Pois no final, a dívida será cobrada, dolorosa.

Falando no Diabo, ecoam lendas e histórias,
De pactos sombrios, de almas em glórias.
Mas no âmago da escuridão, há luz a brilhar,
A força do amor e da fé para nos libertar.

Então, diante do Diabo, mantenhamos a guarda,
Nas asas da virtude, nossa alma se resguarda.
Pois mesmo na escuridão mais densa e profunda,
Há esperança e redenção, para além de toda a lenda.

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