Nas curvas da existência até o túmulo, me pergunto,
Como me contentar, nesta rota única sem desvio?
Com o livro em minhas mãos, almejo o conforto,
Mas minha alma anseia pela biblioteca do desconhecido.
Em algum lugar, uma garotinha dança com as marés,
Viajante solitária, de ilha em ilha, livre como as ondas.
Ela é a brisa, ela é o mar, ela é o sal e a areia,
Um espírito selvagem, de aventura incontida e profunda.
Numa realidade alternativa, uma simples mulher de terno e gravata,
Advogada bem-sucedida, sempre impecável e segura.
Ela olha para a lua de sua suíte na cobertura,
E sorri com a certeza de um destino sem fissuras.
Mas também, vejo você vestida de lantejoulas e cores,
Que encontrou abrigo em um circo itinerante de alegria.
Entre palhaços e trapézios, ela encontrou sua essência,
Uma vida de risos e aplausos, onde o medo não tem valia.
Como posso seguir por uma única estrada, me pergunto,
Quando cada possibilidade pulsa com um encanto vibrante?
Por que devo me contentar com um final indulgente,
Quando existem milhares de finais esperando por um instante?
Mas talvez, cada você que eu vejo em minha mente,
Seja apenas reflexo de uma alma inquieta em busca de si.
E, ao final, percebo que o caminho que escolho,
Não importa tanto, desde que seja verdadeiramente meu, e me faça feliz.
0 comments:
Postar um comentário