E o copo vazio, a reza a esperar.
O café na xícara, a tremer, insiste,
E o riso teu perdoa o meu balançar.
Caminhamos juntos, à mesa, em prece,
As mãos ainda trêmulas, mas o amor intacto.
Rimos do tombo da noite, que perece,
E nomeamos fantasmas, num ato.
A voz suave, lixa que acalma a dor,
Oração sussurrada, o dia a iniciar.
A dose matinal, um novo fulgor,
E o silêncio da noite, a se dissipar.
Teu dedo em meu, traçando um carinho,
Uma força gentil, um toque sutil.
E o silêncio da manhã, um cantinho,
Onde a brandura flui, tão frágil e sutil.
Deixamos as mercês mais puras fluírem,
Deixamos a noite em vão sussurrar.
E no suave rubor, a vida a redimir,
No amanhecer, um novo lugar.
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