De um medo bom, que o tempo faz vibrar.
Enquanto a fúria política teima em vir,
Água e óleo, em choque, a se chocar no ar.
Sinto o coração, por vezes, a tremer,
Ante a força imensa que nos faz distintos,
Diferenças vastas, a se estabelecer,
Criando cristas em nossos labirintos.
A mundanidade, entediante, a me cansar,
Quando só vejo arcos-íris, em vão,
Mas as paixões, em brasa, a nos juntar,
Num abraço forte, em profana canção.
A realidade, cruel, a nos quebrar,
Por quanto tempo ainda havemos de dançar?
Vou me agarrar ao caos, sem hesitar,
Enquanto vivo o medo a me abraçar.
O dia em que a razão enfim vencer,
Eu conheço os limites, a dor a me dizer.
E então tem você... e o que pode ser,
Num amor que a incerteza faz florescer.
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