2 de out. de 2025

Sussurro de Cinzas

Teu nome queima na minha língua —  
Um incêndio que não explica.  
Teus olhos, faróis na névoa —  
Me guiam, me afogam, me fixam.  

Cada passo é um voto cego —  
Teu toque, um veneno que eu bebo.  
No peito, o pulsar é um tambor —  
Ritmo de um amor que é dor.  

Ó luz que me cega e me parte —  
Tua sombra é minha arte.  
Na queda, eu te chamo em silêncio —  
E no fim, sou teu eterno.  

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