11 de set. de 2023

O cavaleiro solitário e sua falsa esperança

No mais profundo solo desertificado,
Caminha o cavaleiro solitário, errante,
Em seu coração, um vazio dilacerado,
A falsa esperança corroía seu semblante.

Atravessando terras e planícies áridas,
Seu cavalo, fiel companheiro, partia o silêncio,
Em busca de um abraço, de mãos amigas,
O cavaleiro vagueava sem consolo, sem clemência.

Por entre galopes e poeira levantada,
Fantasiava um sonho que jamais se realizaria,
Em seu peito, uma chama iludida e desolada,
Pensava que a solidão um dia se dissiparia.

Assombrado pelos ecos de sua própria voz,
Procurava nas sombras o refúgio que não encontrava,
Seu olhar se perdia na imensidão atroz,
Condenado a um destino solitário, sem expectativa.

Na escuridão das noites gélidas e amargas,
O cavaleiro solitário agonizava em segredo,
Suas lágrimas se confundiam com as águas das charcas,
E a esperança morria dia após dia, sem enredo.

Sem o consolo de braços acolhedores,
O cavaleiro jazia em seu leito derradeiro,
Ao partir, deixou para trás sonhos tristes e ardentes,
Um coração que ansiou por amor verdadeiro.

E assim, o cavaleiro findou sua jornada,
Uma vida que se apagou na solidão e no frio,
Seu nome perdido na eternidade ensolarada,
Marcado apenas pelo eco de seu sopro vazio.

Que sirva de lição para todos nós,
O valor de um abraço, de uma presença,
Não deixemos a esperança morrer sem voz,
Construamos laços e ofereçamos nossa essência.

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