Não conheço amor, separações e carinho.
Não vivo entre pessoas, existo como ninguém,
Vivo minha vida sem traição ou publicidade.
Fiquei com uma contusão por caminhos não percorridos,
Os dedos dos picos não alcançados estão arranhados e sangrentos.
Os versos não cantados deixaram minha voz completamente rouca,
Fiquei surdo por causa das ligações tardias que não tocavam.
Estou cansado dos gritos dos nascituros,
Estou cansado de vizinhos que não conheço.
Fiquei cego pelas cores dos setembros que perdi,
Sempre e em qualquer lugar evito hóspedes que não chegaram.
Mágoas afogadas em lagos de lágrimas não derramadas,
Deixo pegadas na chuva que ainda não caiu.
Acordo com o som das bétulas que não plantei
E tento rezar aos deuses que não inventei.
Em geral eu vivo assim, mas ainda não, eu não vivo-
Como, respiro e caminho, e hiberno no inverno.
Eu gostaria de sair do chão e voar para o céu azul,
Mas acredite, nunca conhecerei outra vida...
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