Habita a loucura, misterioso vagabundo.
Nas entranhas da alma, ele encontra morada,
Levando-nos ao abismo, numa estrada desvairada.
Loucura, verso incompreendido,
Expressão poética do ser atormentado.
Num mar de pensamentos desconexos,
Navega-se perdido, sem rumo e perplexo.
Seus olhos brilham como estrelas cadentes,
Refletindo a complexidade das mentes doentes.
Suas palavras exalam uma intensa melodia,
Como se fosse arte, uma sinfonia de dissonância e harmonia.
No frenesi dos pensamentos, uma dança desvairada,
Os desejos mais obscuros, num turbilhão desenfreada.
A racionalidade perde-se em meio ao caos,
E a razão escorre pelas mãos, como um líquido tênue e voraz.
A loucura, como uma teia de aranha emaranhada,
Enlaça pensamentos, numa dança desesperada.
É a alegria e a tristeza numa mesma encruzilhada,
Um paradoxo que nos leva à beira da insanidade apaixonada.
Na loucura, poetiza-se a própria existência,
Libertam-se as amarras, mergulham-se na inconsequência.
Não há barreiras nem regras a seguir,
Apenas a liberdade de ser, de fugir, de sentir.
Loucura, musa dos poetas imortais,
Flerta com a insanidade, como pérolas irreais.
É na sua escuridão que brilha a luz da genialidade,
Numa ode à loucura, na sua mais pura verdade.
Assim, mergulho na insanidade do meu ser,
Buscando a poesia que me faz enlouquecer.
Em cada palavra, um pedaço do meu eu,
Numa loucura eterna, que me faz sentir o que é ser eu.
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