27 de jun. de 2021

O CONTO DO VULTURA

 Como eu não sou um fracasso
 Quando trapos são minhas penas
 Outros têm lindos trajes
 Indelicado para mim é a mãe natureza.

 Do pó da terra eu como
 Alimentando-se de carne morta
 Limpando sobras
 Pernas minúsculas como gafanhotos.

 Por que eu pareço tão estranho
 Quem eu ofendi!  Oh senhor
 Esta terra não me fez bem
 Das sujeiras eu escolho minha comida.

 Meus ovos se recusaram a chocar
 Ninguém deseja nascer de uma mãe feia
 A terra me causou desgraçado
 Rejeitado na casa do meu pai.

 Até as crianças fogem da minha presença
 Qual então é a minha essência
 Esta é a minha história de vida
 Neste mundo de mistério.

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