24 de jun. de 2021

Caçar

 Pegue uma caneta e fure minha língua,
 Como um indígena amazônico,
 Quem mergulha seu dardo em um sapo venenoso,

 Ouça a chuva nas folhas,
 À medida que os micróbios digerem o solo,
 Um rádio dispara na frequência certa,
 Um guarda-chuva se abre, uma porta se fecha,
 E um copo cai, se despedaçando,
 E em uma banheira as rimas da incompletude giram,

 É quando você olha para sua caça,
 Sangrento, morto, pálido na lama,
 E se você encontrar um sorriso,
 Este sou eu...

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