Abranja-me, essência minha
Que entorpeço sem cessar.
Perdoa-me, essência minha,
Pois me esqueço de lembrar.
As memórias antigas
Hoje mais não tenho.
As lembranças retorcidas
Me falham de onde venho.
Quem sou, onde estou
Até mesmo quem eu fui,
Não reconheço os fragmentos
Daquilo que me constitui.
Detalhados ao extremo
A nós, incognoscível
Se noscível, este supremo
Seria algo impossível.
Incabível, intangível,
Invisível ao meu olhar
Tão sensível, a este nível
Que confunde meu pensar.
Tentar, será em vão,
Pois há dívidas impostas
Só abrindo o coração
Acharemos as respostas.
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