Na Escuridão aflita vinda das trevas
Onde o fogo ardia como brasa
Estava eu, em minha casa
Mas imaginava estar em meio as selvas
Ouvia eu, do escuro que vinha
Um agudo de medo assustado
E ficava ao meu quarto trancado
Como na gaiola está a andorinha
Ah! Que noite severa
Era como uma guerra mortal
Sonolento, sentia um calafrio
Que ao meu corpo penetrava como um punhal
Minha'lma perecia ao escuro ancestral
O orgulho dominava meu ser
E naquela madrugada nada se podia ver
Além do lúgubre canto angelical
Mas do anjo vindo do escuro
Que revelava-se sorrateiro
Em seu ar demoníaco obscuro
Fruto do ventre do escurecer pioneiro
Ah! Ardores celestes
Célebres vícios se manifestem
Clemência, eu pedia
Mas nada adiantava
E tudo parecia
Que só piorava
Angustiado, eu sofria
Minha'lma tornava-se sombria
A cada minuto que passava
Maldito escuro
Tão grande seu porte
E seguia agudo
O sussuro da morte
Assoviando aos meus ouvidos
Cânticos brutais
O que um dia foi renascido
Hoje segue morto entre os mortais
E mesmo andando normal
De aparência boa vestindo um terno
Segue neste ato fatal
Destinado ao fogo do inferno
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