Ah, aquele dia inesquecível em que eu derramei tinta no seu jeans. Você com cuidado tirou a jaqueta e foi ali, naquele exato momento que eu percebi que as cores nas pontas dos meus dedos combinavam com o tom da tua pele.
Meus dedos como um pincel contornava a tua silhueta. Estava eu, terminando uma obra de arte
inacabada, que nem os maiores artistas ousariam pintar. Que dor de cabeça seria, querida.
E por entre tintas, teu corpo e pincéis, feito então, um degradê de nossos corpos grudados pela tinta fresca. Ó meu Deus, éramos dois devoradores de nós!
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