De tanto ter que remar,
Meu barco saiu do lugar,
E à deriva encontro a mesma cena.
Eu aprendi a ler o olhar,
Enxergar quem está mais no fundo,
De tanto que já estive lá.
Então pra fazer valer a pena,
E não cegar com esse dom,
Passei a apenas olhar pra frente,
Viver a vida num só tom.
Porque quando o peito arde,
De carência,ausência,saudade,
E a escuridão invade os olhos,
Ela então me faz sonhar.
Se hoje acordo é pra realizar,
Ter outra vez um sorriso a marcar,
Ser o motivo de algum no mundo,
Descobrir que tudo pode ser bom.
De tanto ter que remar,
E viver entre prosseguir ou afogar,
Um farol em mim indica a direção.
Eu aprendi a olhar pra trás,
Pra enfim saber que sou capaz,
De cicatrizar meu coração,
Tudo pode estar lá.
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