27 de mai. de 2024

Morte da Poesia

Morte da Poesia, uma canção de tristeza,
A rainha da mundanidade, a bela princesa.
Rival da engenhosidade, espreita com destreza,
Esposa do rei chata, sua vida é só riqueza.

Seus peões, meio mortos, em seu tabuleiro de xadrez,
Saqueiam as riquezas do artista, em um ato de rudez.
Para alimentar o apetite, do cavaleiro sem gentileza,
E o rio de ódio, flui em sua plena crueza.

A igreja das mentiras, todos servem com devoção,
Ao senhor das moscas, em sua obscura nação.
O bispo, cardeal do pecado, sem nenhuma compaixão,
Inicia a festa da alma, em uma dança de destruição.

Comem e comem, devoram sem descanso,
Esvaziam o rio da abundância, com um gosto tão intenso.
E no fim, o que resta, é apenas o vazio imenso,
Onde antes, a poesia, era o único senso.

E quando eles chamam por mim, para a minha execução,
Não fugirei, nem voarei, enfrentarei a multidão.
As palavras finais deste poeta, serão a minha redenção,
E a morte da poesia, será minha revolução.

Para abater e erradicar, esmagar o coração,
Apagar a chama criativa, é a sua missão.
Mas eu me revoltarei, desafio a tradição,
E em sua fonte de êxtase, criarei minha própria versão.

Quando o assassinato começa, rasgando a nobreza,
Não hesitarei em decapitar, levando à pureza.
Hora de crucificar esta velha, sem nenhuma sutileza,
E matar o rei em seu trono, com a minha natureza.

No ardor

No ardor da paixão, minha alma se inflama,
Em versos de fogo, a euforia se derrama.
Na língua, meu canto se ergue,
Em curto espaço, a verdade se insurge.

Falsidade, vil traição, que me rodeia,
Mas minha consciência, liberta, clareia.
Não me curvo ao engano, nem à hipocrisia,
Pois a resiliência é minha companhia.

Nas palavras que brotam, a sinceridade,
Desmascara a falsidade, com tenacidade.
A liberdade de ser quem sou, sem amarras,
É a chama que queima, nas minhas palavras.

Euforia me envolve, em cada verso escrito,
A paixão me consome, num frenesi infinito.
A consciência liberta, me guia pelo caminho,
E a resiliência me fortalece, como um aço fino.

Que o falso se afaste, que a verdade prevaleça,
Que a euforia transborde, em cada linha impressa.
Que a liberdade de ser, seja nossa bandeira,
E a resiliência nos faça vencer qualquer barreira.

25 de mai. de 2024

Eu gostaria de uma nave estelar e para o espaço profundo

Eu gostaria de uma nave estelar e para o espaço profundo

Eu gostaria de uma nave estelar e para o espaço profundo,
Afaste-se de tudo,
Não sei, não ouço nada,
É fácil olhar pela janela.

Para o oceano eterno e estrelado,
E desistir de pensar no passado,
Esqueça o mundo louco,
O que é uma farsa ridícula.

Mas o destino não importa para mim,
Sem nave estelar, sem esquecimento,
E capturado pela gravidade,
Eu chego lá novamente pela manhã.

Infeliz

Fico infeliz pensando na mesma velha história,
Inconsciente de que tudo o que está fazendo é drenar minhas reservas internas.
Costumo ficar bem, mas não estou bem!
Tudo o que estou fazendo é passar o tempo.
Estou cansado de olhar para a tela do meu telefone.
Meus pensamentos estão consumindo meu núcleo ardente...

Enterrado em sangue

Enterrado em sangue, um destino sombrio,
Batalhas travadas, um eterno desafio.
Dor e sofrimento, um pesar infinito,
Vidas ceifadas, um desgosto infinito.

Corpos caídos, a terra envermelhecida,
Gritos de socorro, uma alma destroçada.
Famílias em luto, uma dor jamais esquecida,
Memórias sangrentas, uma cicatriz marcada.

23 de mai. de 2024

Agulhas de Borboletas

Estou chato, frio e vazio...
O destino se despedaçou,
Eu ouço o triste barulho da alma,
E em vez de agulhas de borboletas.

A hipocrisia

Por que falar tanto dos outros...

O som da sua voz,
Ofende meus doces desejos de silêncio.

Não se sinta insultado.
Eu sou um hipócrita

 sou melhor que você
 você é melhor do que aqueles de quem fala

Casa dos espelhos
Refletir luz
Não esconda nada
Fale gentilmente, por mais que seja falso e não o eu verdadeiro.

De lembranças a lembranças

De lembranças a lembranças.
É isto o que você queria?
Não conhecendo esses sentimentos, não conhecendo a tristeza,
Tudo o que as criaturas são dotadas.

Você está esperando por uma falsificação barata novamente...
Oh sim. Isso é o que você queria. Esquecer...
Mas lembre-se. Pelo amor de Deus. O que você está vendendo?

Toda a minha vida por um punhado de ouro,
Você está deixando o demônio entrar
Você pode terminar com ele?

De cada buraco

De baixo para cima, a lepra sai de cada buraco afundado. Então faça o sinal da cruz. Talvez algo traga salvação ao ato. A partir do núcleo do átomo dividiremos nossos cérebros. Será divertido. Fortemente sangrento. Que seja feito para todos.

A fênix

A fênix lamentou suas cinzas?
E a cobra com sua pele velha?
Ou eles sabiam,
Que tudo deve acabar de novo, começar?

15 de mai. de 2024

A morta que enganou o trouxa - Parte 3

Ela era doce mas traiçoeira,
Uma menina que sabia enganar,
Jurando amor ao pobre trouxa,
Só para depois o abandonar.

Foi como uma flor que desabrochou,
Mas que murchou talvez cedo demais,
Um amor que foi tão intenso,
Que agora só resta tristeza e paz.

O trouxa caiu em sua armadilha,
Foi iludido por seu olhar,
Mas o amor que ela prometeu,
Nunca chegou a se concretizar.

A morte a levou muito cedo,
Talvez sem se arrepender,
Mas o trouxa ficou decepcionado,
Com a dor do amor que não pôde viver.

Judas Negro 2

No véu da noite cai o sussurro frio,
Segredos traídos pelo Judas Negro, vil.
Sua oferta é prata, seu gesto pequeno,
Vende a alma por nada, em um beijo terreno.

Ele vem sorrateiro, na penumbra da lida,
Na mão, um punhal, sorriso escondido.
O cuidado é escasso em sua marcha traiçoeira,
Pois no jogo da vida, ele é a peça derradeira.

Não se dobra ao afeto, nem temor, nem dor,
Pois Judas Negro escolhe a traição sem pudor.
Busca nos bolsos, mais do que na alma,
E nas migalhas vê sua efêmera palma.

Enleia-te em promessas, em falas amenas,
Mas seus olhos revelam intenções obscenas.
Troca a essência por uma vã centelha,
Esmaga a lealdade como frágil abelha.

Acautela-te, coração, da lâmina escondida,
Que ele fere sem tocar, na partida.
Judas Negro, espectro da vilania,
Na pior das barganhas, vende a alegria.

Por um punhado de quimeras moribundas,
Desfaz-se de almas, tornando-as jucundas.
Mas dentro da noite, sua sombra se alastra,
E na cruz de sua ganância, a verdade se emastra.

Embora se perca no breu dos séculos,
Judas é legião, entre os espectros.
Mantém teu brilho, íntegro e sagaz,
Contra o sopro sombrio, serás sempre capaz. 

A cada passo no trilho, ao lado do engano,
Segura o teu querer, defende o teu plano.
Cuidado com o Judas, que troca o certo pelo incerto,
Pois na roleta da sorte, o cuidado é sempre mais perto.

Glicose e Vitamina C

Um vegetal que é uma fruta,
Como uma pimenta sem pimentão,
Por mais brando que possa ser,
Nem de longe mais doce que a cana-de-açúcar,
Isso se destaca para mim,
Cresceu em uma videira.

Isso teve que ficar com um pedaço de pau e barbante?
Você poderia mordê-lo e dizer com os olhos vendados,
Você diria posfácio você sabe disso,
E se aquela fruta fosse um vegetal,
Mais doce que mel de favo,
Você salvaria para o deserto,
Ou você deixaria isso em paz.

Devoção

Aqueles que estão imersos na devoção e se consideram santos não entrarão no reino de Deus. Seus corações, consumidos pela hipocrisia, pela calúnia, pela humilhação, pelo ódio ao irmão, são como túmulos caiados.
Eles surgiram do pó e permanecerão para sempre como pó.
Seu mestre é Lúcifer.

Do Evangelho segundo o testemunho dos dias do fim e do início.

Sonhos perdidos

A imensidão do mar, ondas se erguem,
Engolindo a esperança que outrora surgiu.
Sonhos que brilhavam, agora se perdem,
Afogados pela maré que o desespero construiu.

Outrora, planos, desejos e aspirações,
Agora naufragem no oceano da dor.
Restam apenas lembranças e lágrimas, emoções,
Onde a alegria se transformou em amargo sabor.

O barco da vida, outrora navegava com bravura,
Hoje, à deriva, à mercê da tempestade cruel.
Sonhos partidos, a alma se torna escura,
Naufragando em um mar de angústia e de fel.

12 de mai. de 2024

São Paulo cinza

Cinza da cidade, sombra imponente,
Moldou meu olhar, meu sentir latente.
Neste mar de concreto, busco a beleza,
Nos becos e vielas, minha avidez se alça.

As cores se dissipam, o tom se esvai,
Mas na minha alma, a poesia não cai.
Neste pano de fundo, ganha relevo,
Um mundo de metáforas, que em mim revo.

São Paulo, meu mestre, teu cinza me ensina
A ver além do óbvio, a tocar a essência.
E desta escuridão, surge a luz que ilumina,
Minha voz de poeta, ganhando potência.

Assim, nesta cidade, de sombras e brilhos,
Meu ser se transforma, meus versos desabrocham.
O cinza me inspira, me torna mais filho
Desta terra fértil, onde minhas rimas tocam.

Eu seguir cego sem você

Meus olhos cegos, perdidos na escuridão,
Buscam em vão a luz que me guiava,
Pois tua ausência é minha condenação,
E minha alma, em trevas, se afogava.

Sem teu brilho a iluminar meu caminho,
Ando a esmo, perdido neste abismo,
Tropeçando em dúvidas a cadainho,
Afogado no mar de meu próprio egoísmo.

Mas sei que um dia, quando enfim te encontrar,
A escuridão se dissipará de vez,
E a luz de teu sorriso há de me guiar
Para um futuro de felicidade e paz.

Até lá, sigo cego, mas com fé em meu peito,
Pois sei que, um dia, teu amor será refeito.

Meu caminho

Meu caminho se perdeu na nevoa da traição,
Cercado por mentiras que me deixaram confuso e só.
Construí castelos sobre areia movediça,
Confiando em quem me deixava cada vez mais desleal.

Promessas vazias e sorrisos dissimulados,
Envolveram-me em um labirinto de enganos e pecados.
Caminhei na escuridão, guiado por falsas luzes,
Deixando para trás a honestidade que outrora tive.

Minha lealdade se esfacelou como vidro fino,
Quebrada pelo peso da desconfiança e do veneno.
Agora, neste vazio, busco encontrar o meu caminho,
Tentando reconstruir a confiança que um dia me manteve.

Tempestade da noite passada...

Raios rasgam o céu escurecido,
Trovões ecoam, ameaçadores e ruidosos.
Chuva torrencial, um concerto ensurdecedor,
Que inunda as ruas e transborda os rios.

Vento selvagem uiva, balançando as árvores,
Arrancando galhos, desafiando a natureza.
A tempestade se acalma, deixando um rastro,
De folhas e galhos, um cenário de devastação.

Ao amanhecer, a tranquilidade retorna,
O céu clareado, a chuva cessou.
Mas a memória da tempestade da noite passada,
Permanece viva, um lembrete do poder da natureza.

Ilusão e o Fingimento

Fingir viver, uma dor atroz,
Mascarar a alma, em constante alvoroço.
Um teatro de emoções, sem voz,
Onde a verdade se perde no seu repouso.

Sorrisos falsos, um véu a esconder,
A angústia que dentro de mim reside.
Mentiras que tento fazer crer,
Quando a realidade é tudo o que me impede.

Ilusão de uma vida perfeita,
Que encobre a tristeza e a solidão.
Máscara que o mundo me obriga a usar, feita
De uma falsa e vazia expressão.

Ah, o fingimento, essa tortura diária,
Onde a alma se perde em constante agonia.
Uma existência vazia e solitária,
Onde a verdadeira vida se esconde e se adia.

11 de mai. de 2024

Não confio em ninguém

Não confio em ninguém, 
Nem mesmo em mim mesmo,
Foda-se as palavras bonitas,
Foda-se o amor e o desespero.

Não confio em sorrisos,
Nem em olhares gentis,
Foda-se as promessas vazias,
Foda-se a falsa felicidade.

Não confio em abraços,
Nem em palavras de conforto,
Foda-se a compaixão fingida,
Foda-se a solidão que me cerca.

Não confio em ninguém,
E foda-se quem não entende,
Pois a desconfiança é minha defesa,
E eu não me rendo a ninguém.

Como seria...

Como seria se você ainda estivesse aqui comigo.

Assim que descobri sobre você ... você se foi, fazia apenas alguns dias que eu estava tão animado de qualquer maneira.

No fundo do meu coração, aqui ou não, você sempre será meu bebê. Eu queria você, mas você não estava disposta a ficar conosco. Eu continuo dizendo a mim mesmo... As coisas acontecem por um motivo. Não faz doer menos... só faz doer no modo...

Eu te amo, meu bebê. Posso não ter conseguido abraçá-la ou estar verdadeiramente com você. é só procurar seu avô ele vai te guiar pequena.. até nos encontrarmos novamente. Eu sempre amarei você agora e para sempre.

O que seria da vida se você ainda estivesse aqui.. se eu pudesse te abraçar. Eu poderia te ver. Ver você sorrir, ouvir você rir. Sempre terei perguntas e se, mas no meu coração a dor dói muito. simplesmente não era para ser.

Sua ausência

Sua ausência me deixa com medo, me faz sentir perdido neste mundo, você fica enterrada no fundo da minha mente.

Escapar

Você dorme e as palavras queimam. Pronto para deixar uma marca. Você interage com o ambiente com adereços. 

Às vezes você abre os olhos e planeja escapar. E então você fecha a porta novamente e sonha... sabendo da impunidade de intenções maravilhosas.

Morto

Estou certo que você está errado,
Então cale sua boca,
E ouça alguém que sabe do que está falando,
Em vez de você fingir que está sofrendo, quando olha para mim depois de 15 anos de dor e depressão.

Fragmentos de confiança

Nas sombras profundas, um coração dolorido,
Traído, abusado, o amor derramou como chuva.
Em direção a uma parede, uma vez quebrada, agora está de pé,
Uma barreira remendada, construída pelas próprias mãos.

Nos ecos do passado, uma história se desenrola,
Um compromisso procurado, mas que escorrega e dobra.
Por que a compreensão não consegue perfurar a névoa?
Repetindo ciclos, um coração pode persistir.

A canção fúnebre

A canção fúnebre renasceu para uma flor,
Para preservar suas histórias enterradas e seu perfume desconsiderado,
Para um coro da madrugada desabrochar as flores frescas em meio aos ruídos repletos do detestamento dos devaneios.

Como era sonhadora a história do corpete!

 © Apeksha Ragh

Nome

Antes eu era um nome, mas agora sou um nome com imagem. Você tenta esconder de mim o mundo. Agora, quero que o mundo me veja. Eles saberão meu nome.

Desilusão

Imagens exageradas têm defeito; se forem desprovidos de fundamentos racionais, serão apenas delírios; tumbas sobre as quais o mofo reina com o poder de seu espírito.

Texto

A vida é um texto;
Um tempo de rolagem para baixo,
Seu subtexto
Tinta invisível;
Manchado de dor,
Rasgado em alguns lugares,
Pela alegria, pura alegria.