A rainha da mundanidade, a bela princesa.
Rival da engenhosidade, espreita com destreza,
Esposa do rei chata, sua vida é só riqueza.
Seus peões, meio mortos, em seu tabuleiro de xadrez,
Saqueiam as riquezas do artista, em um ato de rudez.
Para alimentar o apetite, do cavaleiro sem gentileza,
E o rio de ódio, flui em sua plena crueza.
A igreja das mentiras, todos servem com devoção,
Ao senhor das moscas, em sua obscura nação.
O bispo, cardeal do pecado, sem nenhuma compaixão,
Inicia a festa da alma, em uma dança de destruição.
Comem e comem, devoram sem descanso,
Esvaziam o rio da abundância, com um gosto tão intenso.
E no fim, o que resta, é apenas o vazio imenso,
Onde antes, a poesia, era o único senso.
E quando eles chamam por mim, para a minha execução,
Não fugirei, nem voarei, enfrentarei a multidão.
As palavras finais deste poeta, serão a minha redenção,
E a morte da poesia, será minha revolução.
Para abater e erradicar, esmagar o coração,
Apagar a chama criativa, é a sua missão.
Mas eu me revoltarei, desafio a tradição,
E em sua fonte de êxtase, criarei minha própria versão.
Quando o assassinato começa, rasgando a nobreza,
Não hesitarei em decapitar, levando à pureza.
Hora de crucificar esta velha, sem nenhuma sutileza,
E matar o rei em seu trono, com a minha natureza.