21 de abr. de 2021

Um soneto para a pessoa que amo

 Como em uma peça, o momento cessou por medo
 Implorou um conto de respiração muito fraca
 Mas nas fantasias que nós tanto estimamos
 Vou usar as palavras que não ousou falar.

 Vamos olhar os olhos ardentes do ciúme
 Que sorrisos ternos tornem tudo indelicado
 Traga-me as correntes que os homens livres usam
 Pois bem, eu sei que tínhamos dividido uma mente.

 Teus são os olhos que dilaceram a vontade
 Sua é a voz que formula tudo
 E nada sobrou além do coração
 Além da saudade da alma.

 Não há dor no amor, pois ainda deve
 Embora esteja em dúvida, veja caminhos para sua vontade.

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