Encontrei minha carta de alforria
Em um passado esquecido
De quem foi acorrentado um dia
Por um mundo embranquecido.
Encontrei em papel minha liberdade
Que não me trouxe humanidade
De joelho asfixiado
Somos imobilizado pelo capitão do mato
Arrastado como animal
Sem direito de respirar
Aguardamos o final!
Encontrei meu passado
Com olho arregalado
No porão da cidade
Todos os dias jogado
Sem nenhum pouco de piedade.
Encontrei a mim mesmo!
Encontrei meu antepassado
Quem eu sou de verdade
Quem morreu por minha liberdade
Hoje lendo minha alforria
Vejo nas letras poesia
Um grito que virou cântico
Atravessou o atlântico
E fez da nova terra moradia
Ainda plantando sonhos
De ser livre um dia!
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