Vejo além da luz que se apaga,
resta uma vela que acendo
Pedindo para que meu medo não durma comigo, não dessa vez.
Fumaça do cigarro em brasa
Que a noite perfuma.
Meus olhos ardem
Em vários pesadelos emoldurados...
Pavores que finjo vencer
Quando abro os olhos, afinando meus sentidos
Estão mornos, são demônios calados
Desvio as frases de um verso barato,
Inacabado e vulnerável.
Sou cão preso à coleira
Que solto não sabe por onde ir no asfalto
Meu dono me procura
Em tua voz, meu nome brada
Mas não me encontrará
Porque antes que me encontrasse,
O medo esteve comigo
Subjugando a minha resistência abnegada
Agora faço parte dele.
Me pôs sua coleira
E com ele seguirei
Outras várias estradas...
0 comentários:
Postar um comentário