5 de nov. de 2021

O tempo que parou

Aquelas noites em claro 
Meu coração estava em cacos
Prender o ar
Respirar fundo 
Aprendi recolher meus pedaços 
E eu estava tão frágil
No meio de tanta gente e tão só. 
Ninguém via 
Ninguém ouvia 
Era eu e eu 
No meio daquela agonia
E o que não me matou
Me traumatizou.
E ali parecia ser minha sentença
Meu eterno purgatório
Mas eu não entendia
Não sabia
O motivo de tanto ódio
E agora que me recordo 
No espelho me olho, e não vejo mais aquela menina 
O sorriso é o mesmo 
O rosto é o mesmo
O corpo é o mesmo 
Mas o coração não sei onde encontrar.

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