6 de out. de 2020

Cidades fantasmas e corações de carbono

 Nos vapores dos tempos de desvanecimento,
 Vagueando pelas fendas de
 ecoando casas abandonadas.
 Passando pelos quadros quebrados
 segurando histórias de medos infinitos.
 Deixando para trás cidades fantasmas e
 corações de carbono.

 Nos vapores de memórias que perecem,
 À deriva pelas tempestades escuras
 de segredos enterrados não ditos da humanidade.
 Passando pelas águas ensanguentadas de
 casos infiéis tragicômicos.
 Deixando para trás cidades fantasmas e
 corações de carbono.

 Sobre os vapores de tragédias infelizes,
 À deriva pelos restos de incansável
 mentiras inocentes e aborrecimentos abismais.
 Passando pelos tentáculos de enlouquecer
 fome, revela e sede de sangue.
 Deixando para trás cidades fantasmas e
 corações de carbono.

 Nos vapores da melancolia sombria,
 À deriva através das dores errantes
 de silêncio trêmulo em malvados escuros.
 Passando pelos sussurros de mortos-vivos de
 o útero para as tumbas estrondosas.
 Deixando para trás cidades fantasmas e
 corações de carbono.

 Sobre os vapores de mortes ocultas.
 À deriva através do sangue ensopado em
 as paredes rachadas de escadas solitárias.
 Passando pelos ossos calcificados da escuridão
 monstros quebrados de pessoas se afogando.
 Deixando para trás cidades fantasmas e
 corações de carbono.

 Nos vapores dos lares mais felizes,
 Vagando pelos contos Persefônicos
 de nutrir ninfas do trono traído.
 Passando pelas estrelas caídas reescritas de
 o reino frio de afogamento de assombração.
 Deixando para trás cidades fantasmas e
 corações de carbono.

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